E cinquenta anos, um mês e 16 dias depois a vida em conjunto continua e o amor também.
E já não acredito que fosse «por acaso»
Foi antes o Destino, que estava escrito «là-haut, dans le grand rouleau»(Diderot).
Poema para Manuel
Encontrei-te,
assim, por acaso
Na
mesa dum café, simplesmente
Nos
intervalos da revolução.
Lias
os teus livros, solitário
Fazias
análises e comentários
Com
minúsculos caracteres
Nas
margens da vida.
Olhámo-nos
e amámo-nos
Para todo o sempre
Dissemos
com paixão
E
tudo se passou assim, simplesmente,
Nós
sedentos de amor,
Nós
sós no infinito
Falávamos
de tudo, de filosofia
De
livros , de poesia
Íamos
ao cinema todo o dia...
A
VIDA enfim para nós sorria
Tudo
era um sonho
Imaginávamos
um outro mundo
Só
tinhamos amor para dar
Não
possuíamos nada
Mas
nada nos faltava
Tu
eras o meu porto de abrigo
Eu,
o teu barco de salvação...
Tudo
mudou
Mas
nós continuamos a caminhar
À
procura de tempo para amar
Como
antigamente.
Maria Isabel
26/7/96
Estavas inspirada! Obrigado.
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