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segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Setembro...sempre setembro



Setembro, sempre Setembro


Setembro, tantas lembranças boas, gulosas e felizes!

Ninguém vai conseguir apagar ou sequer embaciar as minhas memórias do doce mês de Setembro!!

Mês dos aniversários de nascimento de três gerações: avó, mãe e neto.

Fora o cair da folha, amarelas e vermelhas, as vindimas e o trabalho duro, o céu com mais nuvens, o rio Tejo a crescer na janela, as ruas salpicadas de cores reluzentes dos chapéus de chuva, as gotas nas janelas, o pim...pim...pim que insiste em acordar-nos, tão obstinado e aborrecido, os fatos e vestidos de cores mais quentes e muito mais bonitos, as amigas quase todas do signo virgem (ou leão ou balança, vá-se lá saber porquê).
Otempo que passa cada vez mais devagar, os filmes que se vêem mais, os livros que se lêem mais, os olhos que se abrem mais sem precisar de óculos negros que escondem tudo, as peles morenas que começam a ficar deslavadas, as corridinhas para casa ou algum refúgio, o aconchego do «chega para cá», a gatinha meiga que se senta em cima de nós, os xailes e mantas coloridas, as pantufas forradas, o croché e tricô, o lume aquecedor ou lareira, velas também a brilhar, muitas velas, os requintados cozinhados de feijão e arroz, basta de saladas porcaria de saladas, engorda não quero saber, a roupa agora tapa tudo, depois logo se vê...

Bem vou fazer qualquer coisa.
Um bolo da bolacha não escapa, tem de ser. Mas nunca igual ao da mãe, esse era sublime, digno só dos anjos e de outros seres alados...