Como se costuma dizer «A vida é bela», nós é que damos cabo dela».
Ninguém o quer fazer propositadamente, mesmo os mais pessimistas, acredito. Por vezes são as doenças do foro psicológico ou mental que tiram toda a alegria ou beleza à vida das pessoas, que sofrem os efeitos devastadores delas, deixando-as amarradas e enclausuradas em grande depressão, tristeza ou incapacidade de reagir.
Felizmente que os medicamentos para estas doenças são cada vez melhores, precisando os médicos de acertar com o medicamento certo para aquele doente em concreto.
Aqui fica mais um poema de Eugénio de Andrade, que aborda tudo isto com verdade e singeleza de palavras.
Não queiras transformar
em nostalgia
o que foi exaltação,
em lixo o que foi cristal.
A velhice,
o primeiro sinal
de doença da alma,
às vezes contamina o corpo.
Nenhum pássaro
permite à morte dominar
o azul do seu canto.
Faz como eles: dança de ramo
em ramo.