João Tordo é dos novos escritores portugueses o meu preferido, como já disse aqui, a propósito de outras obras dele.
Li o seu último romance, O Ano Sabático, e concordo plenamente com as ótimas críticas que tem recebido.
António-Pedro Vasconcelos, escreveu no Sol: Um enorme romancista que nos redime do horror, como os grandes mestres, pela força misteriosa da escrita.
Este é um romance que se lê duma penada, que cativa o interesse do leitor do princípio ao fim, numa escrita espontânea, cheia de vida e atenta aos mistérios da condição humana. E cheio de apontamentos autobiográficos, o que confirma a regra.
Nunca escrevi nenhum que fosse inteiramente falso - todos eles, creio, têm grande parte de verdade, utilizando a ficção como catapulta. Mas nunca escrevi um livro que fosse tão verdadeiro como este, nem que exigisse tanto de mim. A memória, como se sabe, é uma coisa dolorosa.
João Tordo. O Ano Sabático