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sábado, 13 de julho de 2024

«A minha cama é o Mar» (6 de Julho 2002)





A minha cama é o mar

É o mar azul verde cor de areia
Adormeço ao sabor das ondas
E acordo no embalo dos seus braços

Passo os meus dias
A olhar o verde
O azul marinho
O azul cinza 
O azul cor de areia

Caminho na sua espuma branca
Gravo os meus passos nas grandes dunas
No seu fundo deserto
Deixo o rastro de alegrias
De tristezas e de emoções
Nas escarpas rochosas
Mergulho em sonhos, ilusões 

Abandono o meu ser
E a minha alma no areal
Abandono o meu corpo de sereia
Por fim, nós sozinhos
Nos lençóis do infinito
E então, olhando o mar
Sonho com o verbo amar.


Isabel del Toro Gomes




terça-feira, 14 de abril de 2020

«Recordando o mar» de Isabel del Toro Gomes


Mais um dia de isolamento em casa.
Recordo o mar de todos os lados por onde andei.
Este é o de Burgau.


Esse mar que nos chama

E nos cativa, lá do fundo

E que é sempre da cor do céu







Esse mar em que todas as coisas

Se confundem e se misturam

Algas, rochas, lapas

Peixes, conchas, pedras










Ali, na linha do horizonte

Azul é o céu

Azul é o mar

Azul é a esperança







Ouço o teu apelo amigo

De dia suave e calmo

De noite rouco e turbulento



  

E respondo então assim: 

Mar grande e profundo

Estou aqui!

Deixa-me mergulhar em ti.





quinta-feira, 27 de fevereiro de 2020






Crepúsculo no Douro

Cada dia tem um fim
Um pôr-do-sol no horizonte
Depois...o recomeço.

Dizemos «Até amanhã»
Sem saber se haverá um amanhã
Ou se será o esquecimento.

Despede-se o dia, esvai-se a luz
Num céu rubro, em chamas
Até o violeta se esfumar lentamente.

Isabel del Toro Gomes


terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

«Se num dia de sol» de Isabel del Toro Gomes


Se num dia de sol…

Se num dia de sol
Me perguntassem
O que desejaria ser
E eu pudesse escolher
Então eu diria que apenas queria
Ser uma simples lagarta
Para me transformar
Numa bela borboleta amarela
E pelos ares esvoaçar.



Se num dia de sol
Me perguntassem
Porque gosto tanto dos rios e do mar
Diria que é porque a água
Jamais se cansa de correr e de saltitar
De pedra em pedra
Repousando um pouco ali
Numa translúcida e doce lagoa
Logo se precipitando de novo acolá
De rocha em rocha
Nas ondas do imenso oceano.



Se num dia de sol
Me perguntassem
Como gostaria de morrer
Diria que como uma folha
Que de verde e luzidia
Aos poucos se transforma
Em amarela vermelha e por fim castanha
E um dia voa lá das alturas
Rodopiando como um pássaro louco
Subindo descendo ao sabor do vento
E logo ali ficar repousando
No útero da terra-mãe.

Se um dia me perguntassem...


















 


domingo, 22 de setembro de 2013

O fim do Verão no Jardim da Estrela












Por fim renasci
De novo o mar
Lisboa o jardim e o rio
A luz o calor o frio
O mundo todo
                                          
                                                         Isabel del Toro Gomes

quarta-feira, 1 de maio de 2013

«1º de Maio de 2013» de Isabel del Toro Gomes









Dia do trabalho por Tarcila Amaral

 
1º de Maio 2013

 
Este país que eu amo
E onde um dia nasci
É vida e é morte
Luz e sombras de terror
É amor e é ódio
Alegria e muita dor
É beleza e trevas

Mas será sempre
O país que eu amo
Onde os meus filhos nasceram
Onde os meus avós morreram
E onde haverá dia após dia
Alguém que luta nas ruas
E faz ouvir a sua voz
Contra aqueles que disseram
Nós somos os senhores do mundo.

domingo, 10 de março de 2013

«Luna» de Isabel del Toro Gomes






Luna
A minha gata Luna
É meiga como uma pluma
De duas cores se enfeitou
É Lua é sol é estrela cadente
-Gata do mundo eu sou
Gata de toda a gente.