No
mundo dos velhos
Homens
e mulheres sem janelas
À
espreita do céu
Esquecidos parados
Em quartos fechados
Espantam-se
as paredes aos gritos
Ouvem-se
os ecos que deliram
Ensurdecem as vozes
Contra os muros
Tudo
é solidão
Neste mundo de braços a acenar
A
pedir de mão em mão...
Deixem-nos
ao menos as portas abertas
A nós, pobres velhos sem vida
Sem janelas sem nada.
Maria Isabel
25/2/96
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