Ao ler certas obras de Aquilino Ribeiro, por exemplo Cinco Réis de Gente, regressamos instintivamente aos tempos da nossa infãncia, em que cantávamos coisas como estas.
É bom recordar, mesmo que ainda agora não entendamos que palavras eram estas.
Era a magia dos sons, palavras que eram só nossas, dos miúdos que, como nós, viviam num mundo habitado por seres fantásticos
Tiro liro liro
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Lá em cima está o tiro-liro-liro,
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina, a dançar do solidó!
Juntaram-se os dois à esquina
A tocar a concertina, a dançar do solidó!
Comadre, minha comadre,
Ai eu gosto da sua pequena!
Comadre, minha comadre,
Ai eu gosto da sua pequena!
É bonita, apresenta-se bem,
Parece que tem a face morena!
É bonita, apresenta-se bem,
Parece que tem a face morena!
Lá em cima está o tiro-liro-liro,
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Lá em cima está o tiro-liro-liro,
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Juntaram-se os dois à esquina,
A tocar a concertina, a dançar do solidó!
Juntaram-se os dois à esquina,
A tocar a concertina, a dançar do solidó!
Comadre, ai minha comadre,
Ai eu gosto da sua afilhada!
Comadre, ai minha comadre,
Ai eu gosto da sua afilhada!
É bonita, apresenta-se bem,
Parece que tem a face rosada!
É bonita, apresenta-se bem,
Parece que tem a face rosada!
Lá em cima está o tiro-liro-liro,
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Lá em cima está o tiro-liro-liro,
Cá embaixo está o tiro-liro-ló!
Juntaram-se os dois à esquina,
A tocar a concertina, a dançar do solidó!
Picos da Europa