Hoje festeja-se em todo o mundo o Dia de Teatro.
Em Portugal, no entanto, não é dia para festejos mas sim para protestos, já que a política do atual governo tem sido de sucessivos cortes e de desprezo pela cultura e por todos os que a veiculam, pondo em prática uma política cega de cortes, indiferente a tudo e todos. Se nem a saúde e o ensino escapam, bem como outras áreas indispensáveis ao desenvolvimento do país, não era de esperar outra posição em relação à cultura e a todas as suas formas de expressão. Um grande erro que lhes pode ficar caro, a estes incautos políticos ignorantes do nosso país. Entretanto, é o Presente e o Futuro de todos nós que é posto em causa.
Eis algumas das atividades no país, neste dia:
- O CENA - Sindicato dos Músicos, dos Profissionais do Espetáculo e do Audiovisual-, convocou uma concentração para terça-feira em frente à Assembleia da República, contra "o anúncio do corte de 100 por cento nos apoios anuais e pontuais".
O motivo é “a iminência de uma próxima morte anunciada: a da Direção Geral das Artes”.
Na concentração será feita uma pequena ação performativa acerca da Direção Geral das Artes e da sua atuação, adianta o CENA, que agenda para as 15:00 a concentração "frente à Assembleia da República por ser dentro daquela casa que os partidos do Governo se demitem de discutir Cultura".
- Também o Teatro Plástico, no Porto, vai realizar nesta terça-feira um «ato teatral público» para assinalar a data e «questionar a atual situação das artes e dos artistas em Portugal face à tentativa de extermínio político em curso e refletir sobre o papel do teatro na vida pública portuguesa». A iniciativa vai decorrer pelas 22h30, junto ao n.º 37 da Rua Doutor Barbosa de Castro, no centro do Porto.
-Assinalando o Dia Mundial do Teatro, a RTP exibe esta noite, às 22h00, um programa especial apresentada por Catarina Furtado e Diogo Infante.
Os cantos e recantos do Teatro D. Maria II acolhem esta homenagem a todos os fazedores de teatro (os que dão a cara e os que trabalham nos bastidores).
Será dada a palavra a alguns dos nossos maiores atores e encenadores: João Mota, Carla Chambel, João Reis, Sandra Faleiro, Adelaide João, Albano Jerónimo, Jorge Silva Melo, Eunice Muñoz, Lia Gama e Luís Miguel Cintra, entre outros.
A RTP não quis deixar de assinalar este dia recorrendo também ao magnífico arquivo onde estão registadas inúmeras peças produzidas pela estação pública desde 1957.
Curioso é notar que nos tempos da ditadura em Portugal se fazia teatro na RTP e havia programas culturais. Em «democracia», em que se gasta o dinheiro? Em tudo menos na cultura...E não venham com essa da guerra das audiências, que já não convence ninguém!