terça-feira, 28 de janeiro de 2025

O Parque da minha Infância

  


Durante a minha infância, desde que nasci até aos 10 anos, vivi sempre perto do Parque Eduardo VII, a cerca de 10 minutos de distância.

Era o «nosso parque», meu e dos meus dois irmãos. 

Éramos uns felizardos por termos um jardim tão grande e bonito para corrermos, saltarmos e brincarmos, por vezes com outras crianças que encontrávamos lá. 

Havia muitas árvores, uma delas logo na entrada do caminho que tomávamos, a que eu conseguia subir, pondo os pés em troncos que me serviam de apoio. 

Havia um lago lindo com cisnes brancos e comedouros com cereais para eles comerem (agora já nem água tem).

Havia uma esplanada à beira do lago, com chapéus de sol, sempre com muitos clientes. Agora foi substituído por um restaurante  para gente «fina» e sem esplanada, onde não se pode apanhar nem sol nem ar puro.

Havia muitos bancos de jardim, para se poder onversar, conviver e observar a natureza (as aves, as rosas, a relva com as suas florzinhas, as árvores...).

E havia ainda as estátuas, tantas coisas belas...

Eu era minúscula, talvez como a polegarzinha, mas feliz no Parque Eduardo VII.



Polegarzinha , minúscula menina

Flautista ,com tua flauta mágica

Povoem de novo  meus pensamentos 

E ponham-me mais uma vez a sonhar

Com as terras da minha infância

Com os tempos  do meu parque

Onde os pássaros eram pássaros

Os cisnes nadavam nos lagos

E  eu era apenas  uma criança.

Maria Isabel










 

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