domingo, 12 de janeiro de 2025

 Mais um poema de quando era jovem




EU, QUEM SOU?


Mas, afinal, quem sou eu?

Ouço os meus passos que me procuram

Num labirinto sem saída

Volto-me, rodopio, caminho sem parar

Olho à minha volta

Num acto de deseperança

Nada, ninguém me vê

Nem mesmo tu

E tu? Quem és?

Diz-me, fala-me sem palavras

Fala-me com os teus olhos

Com os teus braços, com as tuas mãos

Com a tua boca

Mas não com palavras.

Sinto uma vontade grande de escrever

As letras procuram o papel

Mas não  falam de mim

Afinal, quem sou eu?


Maria Isabel


 

 

 

 

 

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