Um dia destes, ao passar na 2ª circular, fui surpreendida por uma grande pintura mural num prédio dos Olivais Sul, que pertence à minha memória de vida.
Que giro, pensei eu.
E pensar que passava por ali tantas vezes, na minha infância e adolescência, a caminho da paragem do autocarro, ou a caminho de casa.
Eram uns prédios de gente humilde, que tinha sido realojada no bairro dos Olivais, perto do prédio onde eu vivia (para gente menos pobre),e como este fica mesmo virado para a estrada principal, foi o feliz contemplado.
Um prédio de gente pobre dos Olivais, que neste momento será talvez menos pobre (sublinhe-se o talvez), que devido à arte de Finok, ficou agora mais bonito. E o bairro mais alegre.
Arte sim, porque este é um bom exemplo de arte urbana.
Oxalá que se façam mais pinturas destas, e que perdurem por muito tempo. Já agora, que os prédios (estes e outros) sejam repintados por inteiro, que estão uma desgraça.
Vermelho e verde, as cores escolhidas por Finok, porque gosta de pintar com elas, explica o artista.
Descendente de japonês com espanhol e nascido nos Estados Unidos, ele próprio uma miscelânea de raças e nacionalidades.
Uma boa miscelânea e uma boa «misturada», sem sombra de dúvida.
Parabéns à Câmara de Lisboa, aos Olivais Sul o meu bairro, e ao Finok, artista do mundo. Devem continuar!