quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

«Apocalipse»

 





Apocalipse


Biliões de seres fervilham

Sob este sol magnífico demais

Este sol que nos penetra todos os poros

Que atravessa as nossas pálpebras cerradas

Neste mundo cheio de contrastes demais

Dizemos que tudo amamos

O mar a terra  o ar os céus os animais

E em paga desse amor tudo nos dão

E os humanos tudo destroiem em golpes fatais

No nosso belo planeta plantamos o vácuo

E no fim partimos para o espaço

Em busca de outras galáxias

Com a glória vã de deixar neste mundo

A terra árida sem flor nem fruto

Os mares sem água azul e transparente

Biliões de seres aqui fervilhavam

Sob um sol outrora magnífico demais.

                                                                               18/2/96

 


 

 

 

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