Manuel António Pina já não está entre nós, infelizmente.
Ausentou-se deste mundo por este se ter tornado demasiado mesquinho e estreito para ele, que manteve sempre a verticalidade dos homens bons.
Porque nunca se deixou envaidecer com os prémios que foi recebendo, com o Prémio Camões, em 2011, dizendo: «Já que não posso mudar o mundo, que o mundo não me mude a mim»
Alguém disse que ele soube conservar a ingenuidade e a pureza de criança dentro dele, embora acompanhada da sapiência do adulto.
Foi como autor de literatura para crianças que o conheci melhor e o dei a conhecer aos meninos e meninas que fui encontrando pelo caminho. Isso foi bom mas é muito pouco. Muito mais há a conhecer deste escritor/jornalista de crónicas magníficas, deste poeta que gostava dos gatos.
Deste escritor que em criança queria ser detetive, santo ou salazar (ele pensava que era uma profissão e, se calhar, tinha razâo).
Mais um poeta que morreu e nos deixou mais sozinhos.
Num PAÍS DAS PESSOAS DE PERNAS PARA O AR.