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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

«Inscrição Estival» de David Mourão-Ferreira

Estátua no Parque dos Poetas, Oeiras



David de Jesus Mourão-Ferreira (1927/ 1996) 



 Ó grande plenitude!

                                              E a tudo,

a tudo alheio,
                                     saboreio.


Absorto
                sorvo
este cacho de curvas
                                       tão maduras...


Este cacho de curvas que é o teu corpo!

                                      

                     David Mourão-Ferreira, Canto II, in 
                     Os Quatro Cantos do Tempo (1953-58) 


E com um poema cheio de curvas, de verão e de um corpo pleno de beleza, deste grande poeta nunca esquecido, esperemos, nos despedimos do verão que vai acabando.