domingo, 30 de junho de 2013

Peniche em 2013

Recordações de Peniche em 30 de Junho de 2013



Vista panorâmica de Peniche e Forte de Peniche





Pesca e faróis ao fundo





Peniche vista do Molho Leste








Faróis






Forte de Peniche e Porto






De partida para as Berlengas




Nossa Senhora da Boa Viagem, Padroeira dos pescadores





Pôr do sol, visto do Parque de Campismo



















Um mar de rolotes, no parque de campismo






A mais redonda e pequenina

quarta-feira, 26 de junho de 2013

«O dinheiro de S. Pedro» de Guerra JUnqueiro


Guerra Junqueiro (1850/1923)


Por estas e por outras é que Guerra Junqueiro, que era crente e reconhecia a existência de Deus como alma do universo, foi apelidado de ateu, quer pelo clero, quer por críticos e mexeriqueiros ignorantes, desejosos de caluniar o poeta.
A Velhice do Padre Eterno é, para mim, o seu melhor livro de poesia, donde escolhi este poema satírico.



                                     O Dinheiro de S. Pedro

De tal modo imitou o Papa a singeleza
Do mártir do Calvário,
Que à força de gastar os bens com a pobreza
Tornou-se milionário.

Tu hoje podes ver, ó filho de Maria,
O teu vigário humilde
Conversando na Bolsa em fundos da Turquia
Com o Barão Rothschild.

A cruz da redenção, que deu ao mundo a vida
Por te haver dado a morte,
Tem-na no seu bureau o padre-santo erguida
Sobre uma caixa forte.

E toda essa riqueza imensa, acumulada
Por tantos financeiros,
O que é a economia, ó Deus! foi começada
Só com trinta dinheiros. 


                       Guerra Junqueiro, A Velhice do Padre Eterno

 

sábado, 22 de junho de 2013

«Canção pela liberdade» de Isabel del Toro Gomes





Canção pela Liberdade

Está sol
Parece verão
No entanto, o frio apodera-se
Do meu corpo
E do poema que se escreve sozinho
O vento percorre tudo
Este vento do Leste e do Norte.

As ruas da cidade deserta
As notícias nos ecrãs
Que descrevem minuciosamente desgraças
Bombas  guerras sangue morte
Protestos dos indignados
Dos jovens que ocupam corajosamente as praças
As praças que já não são deles
As avenidas que já não da Liberdade
Das pobres gentes deixadas à sua sorte.

Não é permitido andar na rua
Não é permitido sonhar
Não é permitido respirar do ar
Que já não é de todos mas
Só de alguns privilegiados
Ar que se torna cada vez mais raro
Mais caro e, de repente, desaparece
Nas nuvens no vazio no céu
No crepúsculo ou no poente…

Ar num qualquer esconderijo comprimido
Que alguns desses seres de privilégio
Mandaram escavar bem escondido 
Para o explorarem individualmente
Para o respirarem egoisticamente 
Doutores seres superiores poderosos
Detentores de verdades que afinal são mentiras
E que lhes saem das bocas, descaradamente
Com dentes afiados, branqueados
Dos olhos gulosos, gananciosos
Das vozes mafiosas e enganosas.

Nós ós ós ós ós ós.....
O ar é nosso, nosso!!!!!
E que viva a nossa liberdade!!



quinta-feira, 20 de junho de 2013

Festas de LIsboa 2013





Lisboa está em festa, como é costume no mês de Junho.
Comemoram-se os santos populares, há arraiais nas ruas e praças.
Há cheiros no ar como o do manjerico, que se mistura com o fumo das sardinhas, das febras, dos pimentos assados, que custam caro mesmo tendo baixado de preço devido à crise.
A crise também não é motivo para não desfilarem as marchas na Av. da Liberdade (viva a liberdade, nem que seja só a de desfilar na avenida e a de apertar os cintos) e de não se embelezarem os elevadores, que ficam lindos.
É o caso do elevador da Glória, na íngreme Calçada da Glória, que eu tantas vezes utilizei para ir às sete e tal da manhã trabalhar na Santa Casa, como escrutinadora do Totobola. 


Outros tempos, tempos de juventude, em que só havia Totobola, mas em que, mesmo assim, o trabalho de apenas uma manhã, dava para eu comprar os livros da faculdade, ir ao cinema e mais algumas coisitas...
Belos tempos, como são sempre os tempos da juventude!!!
Nem imaginaria nunca que o belo eléctrico/elevador que eu utilizava e que era uma breve aventura ao começar do dia e da semana (era sempre 2ª feira de manhã) ia ficar enfeitado e ser alvo de tantas atenções nas Festas de Lisboa.
Lisboa é linda e  nunca deixará de o ser!!!

quarta-feira, 19 de junho de 2013

«Louvor e simplificação de Álvaro Campos» de Mário Cesariny


 http://www.fcm.org.pt/imgs/Museu/Encontros_VI.jpg


Mário Cesariny de Vasconcelos (1923-2006) foi pintor e poeta, o principal representante da corrente surrealista em Portugal.
Como tantos outros, inspirou-se nesse prodigioso animal que é o gato, dizendo nestes versos:

(...) 
Paro um pouco a enrolar o meu cigarro (chove)
e vejo um gato branco à janela de um prédio bastante
            alto...
Penso que a questão é esta: a gente - certa gente -
                                                                sai para a rua,
cansa-se, morre todas as manhãs sem proveito nem 
                                                                                 glória
e há gatos brancos à janela de prédios bastante altos!
Contudo e já agora penso
que os gatos são os únicos burgueses
com quem ainda é possível pactuar -
vêem com tal desprezo esta sociedade capitalista!
Servem-se dela, mas do alto, desdenhando-a...
Não, a probabilidade do dinheiro ainda não estragou 
                                                          inteiramente o gato
mas de gato para cima -nem pensar nisso é bom!


        Mário Cesariny, Louvor e simplificação de Álvaro Campos








domingo, 16 de junho de 2013

Arte Nova e Arte Urbana





E aqui está como tudo tem a ver com tudo, como as artes se misturam e se contrapõem, em alegre fraternidade.
O que pode causar espanto ou indignar outros, não passa do desenrolar da História dos homens e das civilizações, apenas a vida que acontece. 
A estação do Metro das Picoas, na Rua Andrade Corvo, exemplo de Arte Nova em Portugal, lado a lado com um mural bem conseguido, que foi desvirtuado por rabiscos e assinaturas em baixo.

 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

125 anos do nascimento de Fernando Pessoa


 O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. (...)


                                                                    Fernando Pessoa



 Casa de Fernando Pessoa



Comemorando os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa, que nasceu no dia de S. António, a 13 de Junho de 1888, a casa Fernando Pessoa realizou vários eventos. 



Hoje fui até lá para ver um filme com músicas e poemas (a máquina não estava lá muito boa e de vez em quando os cantores ficavam em suspenso, coisas que acontecem) e uma exposição sobre a faceta de astrólogo de Fernando Pessoa. 

 
       Carta astrológica do poeta elaborada por ele próprio, na entrada, gravada no chão,



É um local sempre bom para se passar o tempo e aprender mais sobre este admirável e enigmático Pessoa.



Geração de patinhos de 2013 no Jardim da Estrela

No dia de S. António, 13 de Junho, o Jardim da Estrela estava cheio de vida. Pessoas,  patos e patinhos,  papagaios (escondidos nos cimos das árvores) pombos, além das árvores e plantas, claro.
Que infinidade de prazer, de conhecimento e de lazer num jardim  assim!!
Espero que gostem dos efeitos que descobri hoje no meu telemóvel.


                                                                          A ninhada era composta por 9 patinhos.

















Com o pai e a mãe, que os levavam a atravessar a estrada, para comerem a relva e passearem no meio dos veraneantes deitados e espantados, com a maior das descontrações.


Esta era outra ninhada, que ainda estava no ninho, com um ovo ainda por eclodir.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Arte Nova em Portugal

Arte Nova em Portugal



   Teatro Capitólio no Parque Mayer, em Lisboa (futuro teatro Raul Solnado)




Casa Faleiro - Castro Verde








Arte Nova ( do francês Art Nouveau ) é um estilo internacional de arte e de arquitectura que se expandiu por volta de 1880 a 1910. O seu período criativo foi muito breve, devido à eclosão da 1ª Guerra Mundial em 1914 e aos tempos conturbados e de violência que a precederam.
Mesmo assim, muitas  peças decorativas, monumentos e edifícios foram criados sob esta influência e estilo. Em Portugal também, principalmente em Lisboa, Porto e Aveiro. Aqui ficam alguns exemplos:

A Pérola do Bolhão, Porto












Tabacaria do Mónaco, Rossio, Lisboa






 
 Garagem Auto-Palace,  na Rua Alexandre Herculano, 66-68, em Lisboa







 Rua dos Sapateiros2 Art Nouveau old Cinema peep shows



 



Estação de Metro das Picoas, Lisboa
 



 A estação de Metro das Picoas, na Rua Andrade Corvo, em Lisboa,  da autoria de Hector Guimard, um arquitecto francês, que ofereceu a sua arte a Portugal como presente, conforme placa aí colocada. 





O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, situado no Campo Grande, 382 - Lisboa




O café Águia d' Ouro em Estremoz





 
Teatro Municipal de Portimão, Rua 1º de Dezembro


Pormenor de um dos belíssimos candeeiros do Teatro de Portimão.



Pastelaria Versailles, em Lisboa




Teatro Éden, nos Restauradores