José Régio (pseudónimo de José Maria dos Reis Pereira) nasceu em Vila do Conde em 1901 e viria a falecer na sua terra natal em 1969, embora tenha vivido 34 anos em Portalegre, pois aí foi colocado como professor em 1928, no liceu Mouzinho da Silveira.
Foi viver para uma pensão e, por necessidade de espaço, foi ocupando todos os quartos, tornando-se o único hóspede. É nesse local que se encontra hoje a Casa-Museu José Régio. Em 1965 vende a sua coleção de antiguidades e de arte sacra (de que se destacam os seus Cristos) à Câmara Municipal de Portalegre, com a condição desta adquirir a casa e transformá-la em Museu, o que só veio a acontecer em 1971.
José Régio foi um homem de todas as artes, versátil, revelando o seu talento em quase todos os géneros literários e artísticos: poesia, teatro, romance, ensaio, crónica, jornalismo, desenhador, pintor, etc.
Foi talvez como poeta que ficou mais conhecido do grande público. É na poesia que vai desenvolver o seu grande tema: o confronto consigo próprio e a procura da sua identidade, chegando mesmo a ser atacado de umbiguismo (de um verso célebre das Encruzilhadas).
Poeta sou! cumpro o meu Fado, estranho
Como o dum santo ou um louco:
Só posso dar de mais ou muito pouco,
Que é tudo quanto tenho.
Deu-nos de mais, de certeza!
Merece continuar a ser lido e lembrado.
E revisitado no seu Museu em Portalegre.
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