Aviso a todos os que não respeitam a natureza, desprovidos de toda e qualquer cidadania ecológica, habituados que estão a desfrutar o mundo que os rodeia a seu belo prazer e interesse material:
POR CIMA DOS JACARANDÁS NINGUÉM PASSARÁ!
Tal como todos nós, Eugénio de Andrade também se deixou fascinar pelos jacarandás de Lisboa.
Não sei doutra glória, doutro
paraíso: à sua entrada os jacarandás
estão em flor, um de cada lado.
E um sorriso, tranquila morada,
à minha espera.
O espaço a toda a roda
multiplica os seus espelhos, abre
varandas para o mar.
É como nos sonhos mais pueris:
posso voar quase rente
às nuvens altas – irmão dos pássaros –,
perder-me no ar."
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