terça-feira, 11 de março de 2025

 



Relembrando a aldeia da minha avó materna, Germana, que nunca conheci (morreu nova) a não ser por fotos.

Era de Escalos de Baixo, distrito de Castelo Branco. Fui lá um dia, mas só me resta esta foto. Tenho de lá voltar, para ouvir o s sinos.

🙂
Ó sino da minha aldeia
Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto,
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.
Fernando Pessoa




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