Português Homem de todas as raças
Na fronteira do infinito
Sento-me a pensar
Que sou de todas as raças
E de nenhuma.
Na fronteira do infinito
Pressinto com estranheza
Que todas as raças vivem em mim
Se fundem no meu sangue genitivo
No meu ser e no meu espírito
E aprofundam o meu abismo.
Na fronteira do infinito
Sinto que todas as raças me habitam
E me abraçam
Olho as minhas mãos ciganas
Solto os meus cabelos moçárabes
Perpasso os meus olhos de África
Por todo o meu corpo asiático
Por onde correm
Sangues de todas as raças
E de nenhuma.
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