sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

«A rosa que te dei» canção de José Cid

 



Recordando José Cid, nesta bela canção:


Vivias no nosso tempo

Num quarto andar de uma velha mansarda

Que tinha, junto à janela, sobre o beiralUma roseira brava
Que hoje eu venho lembrarPara voltar com toda a minha almaAo tempo em que tu dormias, sobre o meu peitoE acordavas calma
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
E a rua, no mês de junhoTinha balões, e riso de criançasO velho da concertinaE a menina que tinha loiras tranças
Cantavas-me uma canção fora de modaMas que me era tão queridaGuardei-a entre as mil folhas, desse romanceQue é o livro da vida
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
A rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te dei...

https://youtu.be/eU1MXqYcB4c?si=bOQPiCg6yuRqqD78

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025




Bela ilha e bela canção

🙂
«Havia um pessegueiro na Ilha
plantado por um vizir de Odemira
que dizem por amor se matou novo
aqui no lugar de Poto Covo»
(...........................................................................)

Rui Veloso



sábado, 8 de fevereiro de 2025

«Azul e Verde» do mar do Burgau

 


Azul e verde


Gostava de poder deixar

Os meus olhos aqui

Quando partisse para outro lado

Ficavam assim como estou agora

A olhar os campos, o céu e o mar

Espantados de tanto ver

Ofuscados de tanto ser

Ficariam aqui fixos no céu alto

Perdidos no mar que brilha

De tons verdes em ritmo de azul...

E para onde quer que eu fosse

Caminharia às cegas pelas ruas

E só veria as coisas belas

Em fundo azul e verde.

   

Maria Isabel

   









terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

«Esteva» de Miguel Alegre

 Esteva




Floriu efémera a flor da esteva

já seu esplendor é quase um fenecer.

Branca e breve a brisa a leva

e dela fica um verso por escrever.


Miguel Alegre

«Alentejo e Ninguém»

Ed. Caminho





segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

«Sonhar é preciso»

 


Sonhar, é preciso


Eu vivo com tantos sonhos

Que não vou conseguir realizar

São tantos sonhos e tantos

Dariam para mil anos contar

Sonho a dormir ou ao acordar

Sonho em silêncio, sonho a falar

Enfim, estou sempre a sonhar! 

 

 Maria Isabel

  6/9/96




domingo, 2 de fevereiro de 2025

«O Poder»

 



O Poder


Cada vez acredito menos

Nos «grandes homens» !

 

Cada vez acredito mais

No poder dos homens simples

Que constroem as casas

E fazem as estradas

Que lavram os campos

E deitam a semente à terra!

 

Só acredito nas mulheres simples

Que criam os filhos,

Por eles sofrem cheias de amor

Com mãos calejadas limpam as casas

Que colhem os frutos e o que brota do chão

Que dia e noite  tratam de tudo.

 

Só os simples, homens ou mulheres

Têm o poder de criar

De dar a vida

E de encher o mundo

De coisas belas!

 

     Maria Isabel

     Junho/96





 

terça-feira, 28 de janeiro de 2025

O Parque da minha Infância

  


Durante a minha infância, desde que nasci até aos 10 anos, vivi sempre perto do Parque Eduardo VII, a cerca de 10 minutos de distância.

Era o «nosso parque», meu e dos meus dois irmãos. 

Éramos uns felizardos por termos um jardim tão grande e bonito para corrermos, saltarmos e brincarmos, por vezes com outras crianças que encontrávamos lá. 

Havia muitas árvores, uma delas logo na entrada do caminho que tomávamos, a que eu conseguia subir, pondo os pés em troncos que me serviam de apoio. 

Havia um lago lindo com cisnes brancos e comedouros com cereais para eles comerem (agora já nem água tem).

Havia uma esplanada à beira do lago, com chapéus de sol, sempre com muitos clientes. Agora foi substituído por um restaurante  para gente «fina» e sem esplanada, onde não se pode apanhar nem sol nem ar puro.

Havia muitos bancos de jardim, para se poder onversar, conviver e observar a natureza (as aves, as rosas, a relva com as suas florzinhas, as árvores...).

E havia ainda as estátuas, tantas coisas belas...

Eu era minúscula, talvez como a polegarzinha, mas feliz no Parque Eduardo VII.



Polegarzinha , minúscula menina

Flautista ,com tua flauta mágica

Povoem de novo  meus pensamentos 

E ponham-me mais uma vez a sonhar

Com as terras da minha infância

Com os tempos  do meu parque

Onde os pássaros eram pássaros

Os cisnes nadavam nos lagos

E  eu era apenas  uma criança.

Maria Isabel