quinta-feira, 13 de junho de 2013

125 anos do nascimento de Fernando Pessoa


 O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente. (...)


                                                                    Fernando Pessoa



 Casa de Fernando Pessoa



Comemorando os 125 anos do nascimento de Fernando Pessoa, que nasceu no dia de S. António, a 13 de Junho de 1888, a casa Fernando Pessoa realizou vários eventos. 



Hoje fui até lá para ver um filme com músicas e poemas (a máquina não estava lá muito boa e de vez em quando os cantores ficavam em suspenso, coisas que acontecem) e uma exposição sobre a faceta de astrólogo de Fernando Pessoa. 

 
       Carta astrológica do poeta elaborada por ele próprio, na entrada, gravada no chão,



É um local sempre bom para se passar o tempo e aprender mais sobre este admirável e enigmático Pessoa.



Geração de patinhos de 2013 no Jardim da Estrela

No dia de S. António, 13 de Junho, o Jardim da Estrela estava cheio de vida. Pessoas,  patos e patinhos,  papagaios (escondidos nos cimos das árvores) pombos, além das árvores e plantas, claro.
Que infinidade de prazer, de conhecimento e de lazer num jardim  assim!!
Espero que gostem dos efeitos que descobri hoje no meu telemóvel.


                                                                          A ninhada era composta por 9 patinhos.

















Com o pai e a mãe, que os levavam a atravessar a estrada, para comerem a relva e passearem no meio dos veraneantes deitados e espantados, com a maior das descontrações.


Esta era outra ninhada, que ainda estava no ninho, com um ovo ainda por eclodir.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Arte Nova em Portugal

Arte Nova em Portugal



   Teatro Capitólio no Parque Mayer, em Lisboa (futuro teatro Raul Solnado)




Casa Faleiro - Castro Verde








Arte Nova ( do francês Art Nouveau ) é um estilo internacional de arte e de arquitectura que se expandiu por volta de 1880 a 1910. O seu período criativo foi muito breve, devido à eclosão da 1ª Guerra Mundial em 1914 e aos tempos conturbados e de violência que a precederam.
Mesmo assim, muitas  peças decorativas, monumentos e edifícios foram criados sob esta influência e estilo. Em Portugal também, principalmente em Lisboa, Porto e Aveiro. Aqui ficam alguns exemplos:

A Pérola do Bolhão, Porto












Tabacaria do Mónaco, Rossio, Lisboa






 
 Garagem Auto-Palace,  na Rua Alexandre Herculano, 66-68, em Lisboa







 Rua dos Sapateiros2 Art Nouveau old Cinema peep shows



 



Estação de Metro das Picoas, Lisboa
 



 A estação de Metro das Picoas, na Rua Andrade Corvo, em Lisboa,  da autoria de Hector Guimard, um arquitecto francês, que ofereceu a sua arte a Portugal como presente, conforme placa aí colocada. 





O Museu Rafael Bordalo Pinheiro, situado no Campo Grande, 382 - Lisboa




O café Águia d' Ouro em Estremoz





 
Teatro Municipal de Portimão, Rua 1º de Dezembro


Pormenor de um dos belíssimos candeeiros do Teatro de Portimão.



Pastelaria Versailles, em Lisboa




Teatro Éden, nos Restauradores




segunda-feira, 10 de junho de 2013

Edgar Allan Poe

Edgar Allan Poe (1809/1849)



André Carrilho, um dos nossos ilustradores/caricaturistas mais importantes, desenhou assim o grande escritor norte-americano Edgar Allan Poe, comendo as personagens dos seus contos mais conhecidos, representando deste modo as dificuldades financeiras deste escritor:



 

domingo, 9 de junho de 2013

Carice Lispector - Exposição
























Mais uma exposição magnificamente montada pelos nossos irmãos brasileiros, que para assuntos de cultura não olham a meios. 
Desta forma, imaginaram o maior gavetão do mundo, onde Clarice iria se perder para todo o sempre.
O símbolo da «grandeza» de uma escritora que não gostava de palavras redutoras.

sábado, 8 de junho de 2013

«Superfícies vegetais» de Isabel del Toro Gomes





Uma bola de verdura
Não dá para jogar
Mas é muito melhor
Porque dá para olhar 
E para os pássaros
Esconderem os seus ninhos.



A garra que lança poderosa
Os seus múltiplos dedos
Em direção aos céus
Como quem assusta os medos.


Requiem para uma árvore
 


Aqui jaz tristemente abandonada
A árvore maior, a mãe natureza
Que a tanta mudança assistiu
Os tempos passaram
As secas, as lutas, as ceifas
Até que a subida das águas desejadas
Do lago imenso a mataram.




Pequena, bonita e colorida
Longas câmpanulas lilases
E no entanto
Destilam um veneno mortal
Mistério deste mundo vegetal.




Alguém neste banco irá sentar-se
Não se sabe quem
Para simplesmente descansar 
Dormir ou até sonhar
Na sua sombra refrescante
Em devaneios do além.



sexta-feira, 7 de junho de 2013





Mia Couto, ou melhor António Emílio, escritor moçambicano, recebeu o Prémio Camões este ano, 2013, o maior prémio da literatura lusófona, pelo conjunto da sua obra.
Mais do que merecido! E todos nós, portugueses, nos congratulamos com isso, porque gostamos dos seus livros, escritos numa língua portuguesa reinventada e recriada não só pela sua imensa e variada  experiência de vida, como também pela sua capacidade de a transmitir a todos.
A sua frase Todo o Homem é uma raça tornou-se numa epígrafe e foi adoptada por todos que acham que a condição e o estatuto da pessoa não podem ser atribuídos em função da aparência exterior, e que se batem pelo reconhecimento da igualdade biológica e de direitos.

O genoma não tem raça.

Esta foi a frase proclamada em 13 de Fevereiro de 2001, no início deste século que se deseja diferente do catastrófico século XX, que se pretende sem preconceitos de espécie alguma.
Perante o tempo de instabilidade que se vive em todo o mundo, e o ataque das forças predadoras dos sistemas financeiros e capitalistas, em que cada um procura sobreviver o melhor que pode, ou roubar o máximo possível, segundo o caso, esperemos que estas frases não se tornem míticas, bem como os Objectivos do Milénio, já esquecidos por muitos, com toda a certeza.

Chegada

Chegas,
sóbria e sombria,
e desocupas em mim
a tua própria sombra.

Agora és a minha própria voz:
nenhum silêncio nos pode calar.

Falas e acaba o tempo.

E eu escuto-te
apenas quando te lembro.

 


Mia Couto, Poema Inédito(vidé Jornal de Letras de 12/6/2013)