segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

«Nevoeiro» de Natércia Freire


Nevoeiro

O que possuo e não possuo
É uma ilusão.
O que suponho e não suponho
É sempre um sonho.
Um arrastar, um quase andar
Na cerração,
E tudo sonho, a vida sonho
E o sonho sonho.


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Não tenho forças para fundir-me
No clarão.
E é nevoeiro esse país
De que disponho.
Acha-me a vida a caminhar
Na cerração,
E tudo sonho, a vida sonho
E o sonho sonho.

                     Natércia Freire (Benavente 1920/ Lisboa 2004) 

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Gérard Depardieu-Obélix

 
Agora é que o mundo está definitivamente de pernas para o ar.
Obélix chegou hoje à Rússia, foi recebido com pompa e circunstância e convidado até para ser Ministro da Cultura!
Ao que sabemos, não levou consigo Astérix nem Ideiafix à boleia. Por enquanto...
Estes gauleses sempre foram um problema para acatarem ordens!!
Aguarda-se com muita expetativa as Novas Aventuras de Obélix na Rússia, com muita espionagem, claro!!
   


terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Calendário de 2013

E 2013 aí está.
Chegou como todos os outros anos, com champanhe e passas, festa, bater de panelas, fogos de artifício, discursos com muito fingimento e hipocrisia...

Um bom ano de 2013.
E que passe depressa, já agora!!
E para sabermos bem quantos dias faltam para acabar, aqui fica o calendário deste ano acabado em 13. Para muitos, é o número da sorte!

  

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

«Laurinha» - miniconto de Natal de Isabel del Toro Gomes



Bom Natal 2012 para todos, já que «Feliz Natal» seria uma utopia!!
Principalmente para todas as crianças do mundo!
Elas são a esperança num futuro e num mundo melhor!
Porque também eu sonho com esse mundo, mantenho a esperança viva e penso em todas elas, principalmente nas mais desfavorecidas, escrevi este conto.





                                                Laurinha

            Laurinha era uma menina como outra qualquer. Havia apenas uma diferença: toda a garotada lá da rua gostava do Natal, todos os seus amigos ficavam encantados com a magia dos brinquedos, das festas, das músicas com sininhos, das luzes, dos doces… Menos ela!
Só ela não entendia toda aquela alegria e espalhafato.
Sua mãe, como era doce e linda a mãe Laura, tinha morrido num certo dia de Natal. Por que razão ela não entendia, era tão pequena ainda!
E desde esse dia fatídico, quando lhe perguntavam  que presente é que queria, ela escrevia: não queria nenhum computador, nem bonecas, nem jogos, nem nada... Só queria a mãe Laura de volta nem que fosse só mais uma vez, para comer rabanadas  com ela no dia de Natal. Para adormecer no seu colo só mais uma vez!
Só mais uma vez!!!




 
  

domingo, 16 de dezembro de 2012

Exposição de presépios


Numa improvisada e rápida visita a Alhandra, num domingo cinzento a ameaçar chuva, com a intenção de ver a zona ribeirinha e sonhar com grandes viagens pelo Tejo até ao mar, dei com o Museu-Casa Dr. Sousa Martins de portas abertas e fui entrando.

 
Só tive tempo de ver a exposição de presépios de Natal que se encontrava na sala de exposições temporárias, lindíssimos, feitos com materiais de todo o tipo, desde croché,  quadro em ponto cruz, folhas, bolotas, cabaças, conchas...

 
Para ver o museu propriamente dito, situado na casa onde nasceu o Dr. Sousa Martins, terei de lá voltar! Fecha às 12.30h e é de entrada livre, aos domingos.
 Parabéns ao museu e aos artistas: muita imaginação, originalidade e arte à beira rio.
 Estes são apenas alguns exemplos, pois entretanto acoube-se a bateria do telemóvel! Convido-vos assim a ir até Alhandra e ver toda a exposição in loco. Vale a pena!




quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

«Ciranda Cirandinha»


 
Parece que da infância ninguém se esquece nem se cura.
Lembrei-me hoje desta cantiguinha que cantávamos quando éramos crianças, de mãos dadas, numa roda. 
Assim se passavam os tempos, que não havia as modernices de agora, cada qual agarrado a uma máquina o tempo todo.
O curioso é que eu não sabia o que queria dizer «ciranda».
Fico agora a saber, que nunca é tarde.
 
 Ciranda, s.f., peneira grossa; crivo; cantiga e dança populares; tabuleiro de madeira usado na secagem das rolhas de cortiça.

Ciranda Cirandinha
Vamos todos cirandar
Vamos dar a meia volta
Volta e meia vamos dar

O Anel que tu me destes
Era vidro e  se quebrou
O amor que tu me tinhas
Era pouco e se acabou

Por isso dona Rosa
Entre dentro desta roda
Diga um verso bem bonito
Diga adeus e vá se embora

Proposta: em vez da D. Rosa, pode-se pôr outra pessoa qualquer, que a escolha é grande!