Mãe…
é para ti
mãe adorada
Jamais
te esquecerei
Finalmente
chegou
Ao
fim a tua caminhada.
Mas
o caminho continua
Não
vás tu pensar
Que
vais ficar parada,
Que
era o que tu não querias
Nem
por nada.
Parar,
isso nunca
Morrer
nem pensar
Isso
nunca!
E
De modo nenhum
Num
fatídico dia treze!
E
que frio de rachar
Que
nos deixa transidos
De
paixão e de dor!
Querida
mãe
Jamais
te deixarei só
Pelos
atalhos do teu sonho
O
sonho grande de amar
E
ser amada
Da
família, da paz e da harmonia
Esse
imenso sonho
Que
em cada dia te fugia
E
em pó no ar se desvanecia…
E
quanto tu mais atrás dele sorrias
Mais
ele desaparecia…
Tanta
fatalidade tanta tristeza!
mãe
Jamais
as tuas longas mãos
poderei
apertar
o
teu misterioso rosto beijar
o
teu resistente corpo abraçar
não
te digo adeus , só até logo!
mãe
Para
sempre Continuaremos
a
fazer compras
No
lugar aprazado
Lado
a lado
Numa
imensa e infantil cumplicidade.
Agora
está na hora
De
irmos lanchar,
Agora
é a hora maior:
Um
chá dois bolos e uma torrada,
Que
extraordinário momento de felicidade!
minha
mãe adorada
contigo
aprendi quase tudo
que
tu fazias questão de me ensinar
mais
e sempre mais…
que
a vida mais nos tira do que nos dá…
mesmo
assim é um pequeno prazer
Mesmo
um dever…
Nunca
disso esquecerei!
Minha
mãe
Pois
então, o caminho é para continuar…
Eu
tão pequena
E
tu à minha espera de braços abertos
Lá
ao fundo da dor
À
espera de mim
Para
dos pesadelos da noite me consolar,
noite
escura e longa…
minha
mãe
que
vida e que noite tão longas…
agora
que caminhas livre
finalmente
em liberdade
ficas
a saber, agora sim,
que
todos te amaram
e
jamais te esquecerão.
16 de Janeiro de 2014