Uma pequena história:
Maria era uma menina que tinha medo de tudo: medo do
cão da vizinha Olga, dos gatos branco e preto do vizinho do 2º dto, dos carros
na rua que faziam muito barulho, dos insectos que picavam, dos miúdos que lhe deitavam a língua de fora, das
meninas que só faziam brincadeiras estúpidas, dos adultos que lhe davam
palmadinhas nas bochechas...Enfim, não havia nada que não fizesse medo à pobre
da Maria.
Que havia ela de fazer? Queria tanto ser uma menina
corajosa , ser a primeira em tudo lá na aula, ser a mais forte e rápida no recreio.
Mas não conseguia. Estava sempre com medo de errar,
de fazer asneira. Considerava-se a mais feia, a mais infeliz de todas as
meninas.Pobre Maria.
Um dia, a mãe perguntou-lhe o que é que ela tinha,
porque é que não brincava com os outros meninos, porque é que fugia dos gatos,
dos cães e das pessoas.
-Tenho muito medo- disse Maria.
-Só isso?-perguntou-lhe a mãe.
-Sim- respondeu ela.
-Então, isso é muito fácil de resolver. Vais pensar
sempre que eles são os teus filhinhos e que tu és muito forte e a sua melhor
amiga, aquela em quem eles têm mais confiança.
-Está bem- disse Maria, um pouco desconfiada ainda.
E lá começou a pôr em prática aquele conselho dado
pela sua mãe, em quem ela tinha confiança absoluta, sem medo de espécie alguma.
Mãe é sempre (fora alguns casos que fogem às leis naturais
dos humanos) a pessoa em quem podemos confiar, porque nos une o Amor, o Amor de
quem cria e de quem foi criado.
Pois é, a mãe idealizada é assim. Infelizmente, há muitas outras mães que não correspondem ao IDEAL. Sentimento muito bem expresso!
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