(Rio de Janeiro, 19 de outubro de 1913 — Rio de Janeiro, 9 de julho de 1980),
SONETO DA FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor serei atento
antes, e com tal zelo, e sempre e tanto
que mesmo face do maior encanto
dele se encanta mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
e sem louvor hei-de espalhar meu canto
e rir meu riso e derramar meu pranto
ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
quem sabe a morte, angústia de quem vive
quem sabe a solidão, fim de quem ama
eu possa me dizer do amor (que tive):
que não seja imortal, posto que é chama
mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes, in "O Operário em Construção"
SONETO DA FIDELIDADE - COM TRIO GENIAL!
Venicius de Moraes/ Mário Pacheco - Rodrigo da Costa Félix.
O Venicius era sabido!
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