Luz ao fundo do túnel
Já ninguém olha para o céu
Já ninguém admira a forma das
núvens
Nem o brilho das estrelas
Nem a lua banhando-se no mar...
Nem o sol quando nasce e se põe
Nem as manhãs frescas e claras
Nem a água a correr nos rios
Nem os gritos do vento
Nem as montanhas altivas
Nem as rochas, nem as pedras...
Quem quer saber de constelações?
Já só interessam os milhões!
Quem quer saber das coisas e
dos outros?
Já só interessa viver aos
poucos
Sobreviver à angústia de cada dia.
Todo o dia é uma noite
Em que se percorre um imenso
túnel
Sem encontrar uma luz ao fundo.
3
Out./95
Este poema podia ter sido escrito agora.
ResponderEliminarGostei.