Melhorou o ensino em Portugal?
Foram recentemente publicados os relatórios sobre as provas de aferição de Matemática e de Língua Portuguesa do 1º e 2º ciclos, realizadas pelos alunos do 4º e 6º anos em 2011, em Portugal.
Na prova de Língua Portuguesa, realizada pelos alunos do 4.º ano do 1.º ciclo, a "Leitura" é o domínio que apresenta a percentagem mais alta, com 56% dos alunos a obterem um máximo de sete respostas corretas num total de onze itens avaliados. "Expressão Escrita" aparece do outro lado, ou seja, como a área com resultados mais baixos com uma média global de 34% de respostas totalmente corretas. O "Conhecimento Explícito da Língua" apresenta uma percentagem média global de 58% de respostas totalmente corretas.
Perante estes resultados, poderíamos pensar que os alunos estão a ir melhor preparados para o 2º ciclo, o que na realidade é uma total falsidade. A cada ano que passa, os alunos, salvo raras exceções, chegam ao 2º ciclo sem conhecimentos nenhuns, mal preparados na escrita e na leitura, sem regras de conduta, cada vez mais indisciplinados, desatentos, sem hábitos de trabalho, etc, etc.
A conclusão a que se chega, mais uma vez, é que estas provas de aferição, a forma como são elaboradas com perguntas cada vez mais facéis e os critérios de avaliação que são impostos aos professores que as corrigem (coitados deles!) são uma completa perda de tempo e uma forma que o ME e o GAVE arranjaram para «taparem o sol com a peneira», disfarçarem os verdadeiros males do ensino e ficarem muito satisfeitos com os 50 e tal por cento de respostas certas.