Ontem vi duas reportagens na televisão que me deixaram profundamente indignada e com os olhos em lágrimas: uma sobre a criança de dois anos que morreu por não ter podido fazer um transplante, por ter fechado a unidade de transplantes em Portugal, vítima da incúria e das medidas cegas de austeridade impostas pelos nossos governantes, que se estão nas tintas para os mais desprotegidos e que necessitam de cuidados especiais de saúde (nem as crianças escapam); outra sobre as dificuldades que os estudantes das universidades portuguesas estão a passar, muitos passando fome ou alimentando-se mal, para além dos que são forçados a abandonar os estudos, comprometendo para sempre o seu futuro e os seus sonhos.
Que país é este, que não cuida das suas crianças doentes nem dos seus jovens?
Este poema, escrito em tempos dolorosos também para mim, é a minha pequena e sofrida homenagem a este menino a quem não permitiram crescer e florir, bem como a estes jovens a quem não permitem sonhar. Com uma palavra de esperança, sempre!
Para além da dor
Quando se sofre de fome
Temos apenas fome
Quando se sofre de sede
Temos apenas sede
Mas quando A ALMA SOFRE
Não existe mais nada
Para além da dor
Bem pensado!
ResponderEliminarGostei do teu contributo e concordo plenamente com as tuas palavras. Que país é este? Ai de quem não tem algum dinheiro, padrinho ou amigo graúdo!
ResponderEliminarbeijinhos e obrigada