O meu fascínio por este boneco de madeira (depois de o ter posto a viajar pelos oceanos) levou-me a ler o livro original, aquele que Carlo Collodi foi escrevendo em 36 episódios, publicados primeiro num jornal infantil, surgindo em livro em 1883. É um exercício curioso comparar o livro original, cheio de aventuras imaginosas que foram sendo refeitas ou eliminadas, consoante os autores que retomaram este tema . No original, o pobre do Pinóquio até é enforcado, mas não morre, claro. Quem mais alterou a história original foi Walt Disney, no seu filme animado de 1940, que também tive a sorte de ver numa daquelas sessões para crianças da Cinemateca, no Palácio Foz. Foi a versão da história do Walt Disney que perdurou, em detrimento da versão original. Mas é bem engraçado ler o livro tal como foi imaginado e descobrir as diferenças com o Pinóquio da nossa infância.
No 1º capítulo, aparece uma personagem que é o mestre Cereja, que encontra um bocado de madeira que chora e ri como uma criança e que ele quer usar para fazer uma perna para uma mesa. Mas a madeira começa a falar e a gritar e ele fica assustadíssimo, até que cai desmaiado no chão.
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