quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

«Os patinhos»

 



Eu gostava muito 

De ter um lago

Nem que fosse pequenino

Onde os patinhos

Entre os juncos pudessem nadar

Nadar.


terça-feira, 6 de dezembro de 2022

«Dezembro»


Dezembro


Dezembro, com muito sol e folhas caídas.


Os dias passam lá fora, rápidos,

Os periquitos de colar voam em bandos

Sempre em viagem

Fazendo uma enorme barulheira

Para nós olharmos para eles

E ficarmos com inveja.

I:G,



segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O Azevinho



O Azevinho


O azevinho (Ilex aquifolium), também chamado azevim, azevinheiro, pau-azevim e sombra-de-azevim[1], é um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, bagas, azinhas ou enzinhas.

É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1.500 metros de altitude.




Os ramos cobertos de drupas que persistem durante todo o inverno, contrastando com a folhagem persistente de cor verde-escura, tornam a planta muito procurada por ocasião das festas do Natal (um costume popular que, assim como a antiga árvore de Natal germânica, tem as suas origens na práticas do paganismo pré-cristão da Europa).



Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas, são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas lenhosas. Amadurecem no fim do verão, persistindo durante todo o inverno.

A madeira é dura e homogénea, bastante pesada (densidade : 0,95), de cor branco-acinzentada. É utilizada na coinfecção de peças de instrumentos musicais, entre outros.




quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

«Ou isto ou aquilo » de Cecília Meireles




https://www.youtube.com/watch?v=6dHe533baOI 


Todos os dias, a qualquer hora ou instante, nos deparamos com dilemas, pequenos ou grandes, que nos fazem pensar e tomar uma decisão.

É sobre este tema que Cecília Meireles fez este belo poema, dedicado sobretudo às crianças, para que todas aprendam, duma forma divertida,  as dificuldades duma escolha.

Lena d´Água cantou este poema com a sua bonita voz, tornando-o mais popular ainda.

Podem ouvi-lo no link indicado.


Ou Isto ou Aquilo?

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles

domingo, 2 de janeiro de 2022

1 de Janeiro - Dia Mundial da Paz , de Ary dos Santos





No dia 1 de Janeiro, toda a gente comemora o início dum ano novo, deseja saúde paz e amor para si e para os seus amigos e familiares, esquecem-se as tristezas, e as desgraças que vão por esse mundo fora.

Mas não podemos esquecer. 

E devemos pensar como Ary dos Santos: «Isto vai meus amigos isto vai».


 1 de Janeiro - DIA MUNDIAL DA PAZ

“Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.
Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.
Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.”
Ary dos Santos


segunda-feira, 20 de dezembro de 2021

«Arma Secreta» de António Gedeão

 


Em plena semana de Natal, o que mais desejamos é que as armas não disparem e que acabem as guerras. É do que nos fala este poema de António Gedeão, que enaltece a Vida e o Amor.

Arma secreta

Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões.

Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.

A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.

Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.


domingo, 28 de novembro de 2021

«O livro da Tila» de Matilde Rosa Araújo

  



Hoje é um dia diferente: vou oferecer a todas as crianças do mundo um lindo poema da poetisa

 Matilde Rosa Araújo, que foi uma professora muito especial de meninos pequeninos. Este é um poema retirado do livro da Tila .



O livro da Tila de Matilde Rosa Araújo Editado pelo Livros Horizonte em 1986 (10ª edição) “Primeiro livro de poemas para crianças escrito por Matilde, caracterizados, na sua maioria, pela estreita relação mãe-filha. A menina descobre o mundo, protegida por uma mãe que responde às suas dúvidas e que se deslumbra com as respostas... Tila representa todas as crianças que são destinatárias destes textos de grande intensidade lírica.” Fonte: Wook Começa assim: "Quadra sozinha Meninas pobres, tão pobres, São tão pobres, que ao vê-las, Meus olhos, que são de cobre, Têm a luz das estrelas!" Fonte: interior do livro Fonte: interior do livro “O Livro da Tila desvela o universo de uma infância, em parte eufórico, feito de pequenos deslumbramentos perante o mundo e a natureza, expresso ora por um sujeito da enunciação infantil/juvenil, ora por uma voz adulta que observa o real e as relações que a criança com ele estabelece. De uma sensibilidade apurada e minimal, exaltando a comunhão com a natureza, com os seres e a divindade, franciscana por excelência, a poesia de Matilde leva-nos a redescobrir o prazer de existir e de ler.” Fonte: Fnac Livro recomendado pelo Plano Nacional de Leitura para o 1º ano de Escolaridade

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