sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

«Dunas», GNR

 


Gosto de dunas, areias que os ventos levam e esculpem como obras de arte. 

São belas e leves, são boas para escorregar por elas abaixo e para muita coisa mais...


Dunas


Dunas, são como divãs

Biombos indiscretos de alcatrão sujo

Rasgados por cactos e hortelãs

Deitados nas Dunas, alheios a tudo

Olhos penetrantes

Pensamentos lavados


Bebemos dos lábios, refrescos gelados (refrão)

Selamos segredos

Saltamos rochedos

Em câmera lenta como na TV

Palavras a mais na idade dos porquê


Dunas, são como divãs

Quem nos visse deitados de cabelos molhados bastante enrolados

Sacos cama salgados

Nas Dunas, roendo maçãs

A ver garrafas de óleo boiando vazias nas ondas da manhã


Bebemos dos lábios, refrescos gelados

Nas dunas!

Em câmera lenta como na TV

Nas dunas

Nas dunas

Nas dunas

Nas dunas

Refrescos gelados

Como na TV

Nas dunas


GNR





sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

«A rosa que te dei» canção de José Cid

 



Recordando José Cid, nesta bela canção:


Vivias no nosso tempo

Num quarto andar de uma velha mansarda

Que tinha, junto à janela, sobre o beiralUma roseira brava
Que hoje eu venho lembrarPara voltar com toda a minha almaAo tempo em que tu dormias, sobre o meu peitoE acordavas calma
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
E a rua, no mês de junhoTinha balões, e riso de criançasO velho da concertinaE a menina que tinha loiras tranças
Cantavas-me uma canção fora de modaMas que me era tão queridaGuardei-a entre as mil folhas, desse romanceQue é o livro da vida
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
A rosa que te deiNão foi criada num jardimPor isso tinha mais significado para mim
A rosa que te deiEra uma terna e simples florQue fez nascer em nósUm grande amor
A rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te deiA rosa que te dei...

https://youtu.be/eU1MXqYcB4c?si=bOQPiCg6yuRqqD78

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2025




Bela ilha e bela canção

🙂
«Havia um pessegueiro na Ilha
plantado por um vizir de Odemira
que dizem por amor se matou novo
aqui no lugar de Poto Covo»
(...........................................................................)

Rui Veloso



sábado, 8 de fevereiro de 2025

«Azul e Verde» do mar do Burgau

 


Azul e verde


Gostava de poder deixar

Os meus olhos aqui

Quando partisse para outro lado

Ficavam assim como estou agora

A olhar os campos, o céu e o mar

Espantados de tanto ver

Ofuscados de tanto ser

Ficariam aqui fixos no céu alto

Perdidos no mar que brilha

De tons verdes em ritmo de azul...

E para onde quer que eu fosse

Caminharia às cegas pelas ruas

E só veria as coisas belas

Em fundo azul e verde.

   

Maria Isabel

   









terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

«Esteva» de Miguel Alegre

 Esteva




Floriu efémera a flor da esteva

já seu esplendor é quase um fenecer.

Branca e breve a brisa a leva

e dela fica um verso por escrever.


Miguel Alegre

«Alentejo e Ninguém»

Ed. Caminho





segunda-feira, 3 de fevereiro de 2025

«Sonhar é preciso»

 


Sonhar, é preciso


Eu vivo com tantos sonhos

Que não vou conseguir realizar

São tantos sonhos e tantos

Dariam para mil anos contar

Sonho a dormir ou ao acordar

Sonho em silêncio, sonho a falar

Enfim, estou sempre a sonhar! 

 

 Maria Isabel

  6/9/96




domingo, 2 de fevereiro de 2025

«O Poder»

 



O Poder


Cada vez acredito menos

Nos «grandes homens» !

 

Cada vez acredito mais

No poder dos homens simples

Que constroem as casas

E fazem as estradas

Que lavram os campos

E deitam a semente à terra!

 

Só acredito nas mulheres simples

Que criam os filhos,

Por eles sofrem cheias de amor

Com mãos calejadas limpam as casas

Que colhem os frutos e o que brota do chão

Que dia e noite  tratam de tudo.

 

Só os simples, homens ou mulheres

Têm o poder de criar

De dar a vida

E de encher o mundo

De coisas belas!

 

     Maria Isabel

     Junho/96