quinta-feira, 29 de agosto de 2024

 




Partida 

 

Mal o dia começou

E já te vejo partir

No meio do frio e do vento

Nesta manhã sem sol

Vejo-te correr apressado

E eu aqui fico sem ti

A cama ainda quente

As horas passam

Queria fazer tanta coisa

E não consigo...

Depois vejo-te regressar

Na imensidão da noite

Cansado e sorridente

Cheio de amor para me dar

Ouço a chave na porta

Eu aqui à tua espera

Temos tanta coisa para contar

E o amor à flor da pele

E o coração a bater

Vejo-te a regressar

O jantar a fumegar

E tu a dizeres

"Pensei em ti"

Eu também não me esqueci

Amanhã estaremos juntos

E se fôssemos jantar?

                                                       7 de Janeiro 1975

 


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

«Sesimbra» de Isabel del Toro Gomes

 


Sesimbra

 

 

Recordo o mar de Sesimbra

Esse mar que nos chama

E nos cativa, lá do fundo

E que é sempre da cor do céu

 


 

Esse mar em que todas as coisas

Se confundem e se misturam

Algas, rochas, lapas

Peixes, conchas, pedras

 

 

 


 

Ali, na linha do horizonte

Azul é o céu

Azul é o mar

Azul é a esperança

 


 

 

Ouço o teu apelo amigo

De dia suave e calmo

De noite rouco e turbulento

E respondo então assim

Mar grande e profundo

Estou aqui!

Deixa-me mergulhar em ti.

 

sábado, 13 de julho de 2024

«A minha cama é o Mar» (6 de Julho 2002)





A minha cama é o mar

É o mar azul verde cor de areia
Adormeço ao sabor das ondas
E acordo no embalo dos seus braços

Passo os meus dias
A olhar o verde
O azul marinho
O azul cinza 
O azul cor de areia

Caminho na sua espuma branca
Gravo os meus passos nas grandes dunas
No seu fundo deserto
Deixo o rastro de alegrias
De tristezas e de emoções
Nas escarpas rochosas
Mergulho em sonhos, ilusões 

Abandono o meu ser
E a minha alma no areal
Abandono o meu corpo de sereia
Por fim, nós sozinhos
Nos lençóis do infinito
E então, olhando o mar
Sonho com o verbo amar.


Isabel del Toro Gomes




sábado, 6 de julho de 2024

Quinta das Lavandas


Passámos 4 dias nesta bela e agradável quinta, que se situa a 4 km da também bonita  vila de Castelo de Vide, em que se plantam as lavandas, tal como na Provença, em França.
Foi criada de raiz por um simpático e acolhedor casal, que aí não só plantaram as lavandas , de que produzem vários produtos delas derivadas (óleos, sabonetes, raminhos de cheiros, saquinhos para colocar nas gavetas e armários...) como construiram uma casa de turismo rural, com vários quartos confortáveis e várias salas para pequeno-almoço, para ver televisão ou ouvir música. 
É sem dúvida um projecto muito bem pensado, onde se tem a oportunidade de ver os maravilhosos campos lilases de lavanda ou passear pela quinta e ver os seus diversos espaços.


                                                              Jardim dos Sentidos


 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

«Os patinhos»

 



Eu gostava muito 

De ter um lago

Nem que fosse pequenino

Onde os patinhos

Entre os juncos pudessem nadar

Nadar.


terça-feira, 6 de dezembro de 2022

«Dezembro»


Dezembro


Dezembro, com muito sol e folhas caídas.


Os dias passam lá fora, rápidos,

Os periquitos de colar voam em bandos

Sempre em viagem

Fazendo uma enorme barulheira

Para nós olharmos para eles

E ficarmos com inveja.

I:G,



segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O Azevinho



O Azevinho


O azevinho (Ilex aquifolium), também chamado azevim, azevinheiro, pau-azevim e sombra-de-azevim[1], é um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, bagas, azinhas ou enzinhas.

É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1.500 metros de altitude.




Os ramos cobertos de drupas que persistem durante todo o inverno, contrastando com a folhagem persistente de cor verde-escura, tornam a planta muito procurada por ocasião das festas do Natal (um costume popular que, assim como a antiga árvore de Natal germânica, tem as suas origens na práticas do paganismo pré-cristão da Europa).



Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas, são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas lenhosas. Amadurecem no fim do verão, persistindo durante todo o inverno.

A madeira é dura e homogénea, bastante pesada (densidade : 0,95), de cor branco-acinzentada. É utilizada na coinfecção de peças de instrumentos musicais, entre outros.