sábado, 13 de julho de 2024

«A minha cama é o Mar» (6 de Julho 2002)





A minha cama é o mar

É o mar azul verde cor de areia
Adormeço ao sabor das ondas
E acordo no embalo dos seus braços

Passo os meus dias
A olhar o verde
O azul marinho
O azul cinza 
O azul cor de areia

Caminho na sua espuma branca
Gravo os meus passos nas grandes dunas
No seu fundo deserto
Deixo o rastro de alegrias
De tristezas e de emoções
Nas escarpas rochosas
Mergulho em sonhos, ilusões 

Abandono o meu ser
E a minha alma no areal
Abandono o meu corpo de sereia
Por fim, nós sozinhos
Nos lençóis do infinito
E então, olhando o mar
Sonho com o verbo amar.


Isabel del Toro Gomes




sábado, 6 de julho de 2024

Quinta das Lavandas


Passámos 4 dias nesta bela e agradável quinta, que se situa a 4 km da também bonita  vila de Castelo de Vide, em que se plantam as lavandas, tal como na Provença, em França.
Foi criada de raiz por um simpático e acolhedor casal, que aí não só plantaram as lavandas , de que produzem vários produtos delas derivadas (óleos, sabonetes, raminhos de cheiros, saquinhos para colocar nas gavetas e armários...) como construiram uma casa de turismo rural, com vários quartos confortáveis e várias salas para pequeno-almoço, para ver televisão ou ouvir música. 
É sem dúvida um projecto muito bem pensado, onde se tem a oportunidade de ver os maravilhosos campos lilases de lavanda ou passear pela quinta e ver os seus diversos espaços.


                                                              Jardim dos Sentidos


 

quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

«Os patinhos»

 



Eu gostava muito 

De ter um lago

Nem que fosse pequenino

Onde os patinhos

Entre os juncos pudessem nadar

Nadar.


terça-feira, 6 de dezembro de 2022

«Dezembro»


Dezembro


Dezembro, com muito sol e folhas caídas.


Os dias passam lá fora, rápidos,

Os periquitos de colar voam em bandos

Sempre em viagem

Fazendo uma enorme barulheira

Para nós olharmos para eles

E ficarmos com inveja.

I:G,



segunda-feira, 28 de novembro de 2022

O Azevinho



O Azevinho


O azevinho (Ilex aquifolium), também chamado azevim, azevinheiro, pau-azevim e sombra-de-azevim[1], é um arbusto de folha persistente da família das Aquifoliaceae, cultivado normalmente para efeitos ornamentais devido aos seus frutos vermelhos. Estes frutos também são denominados de azevinhos, bagas, azinhas ou enzinhas.

É uma das numerosas espécies do género Ilex, e a única que nasce espontaneamente na Europa, sendo bastante comum até aos 1.500 metros de altitude.




Os ramos cobertos de drupas que persistem durante todo o inverno, contrastando com a folhagem persistente de cor verde-escura, tornam a planta muito procurada por ocasião das festas do Natal (um costume popular que, assim como a antiga árvore de Natal germânica, tem as suas origens na práticas do paganismo pré-cristão da Europa).



Os frutos, que aparecem apenas nas plantas femininas, são pequenas drupas esféricas de 7 a 10 mm de diâmetro, de um vermelho brilhante, por vezes amarelas, quando maduras, contendo quatro grainhas lenhosas. Amadurecem no fim do verão, persistindo durante todo o inverno.

A madeira é dura e homogénea, bastante pesada (densidade : 0,95), de cor branco-acinzentada. É utilizada na coinfecção de peças de instrumentos musicais, entre outros.




quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

«Ou isto ou aquilo » de Cecília Meireles




https://www.youtube.com/watch?v=6dHe533baOI 


Todos os dias, a qualquer hora ou instante, nos deparamos com dilemas, pequenos ou grandes, que nos fazem pensar e tomar uma decisão.

É sobre este tema que Cecília Meireles fez este belo poema, dedicado sobretudo às crianças, para que todas aprendam, duma forma divertida,  as dificuldades duma escolha.

Lena d´Água cantou este poema com a sua bonita voz, tornando-o mais popular ainda.

Podem ouvi-lo no link indicado.


Ou Isto ou Aquilo?

Ou se tem chuva e não se tem sol,
ou se tem sol e não se tem chuva!

Ou se calça a luva e não se põe o anel,
ou se põe o anel e não se calça a luva!

Quem sobe nos ares não fica no chão ,
Quem fica no chão não sobe nos ares.

É uma grande pena que não se possa
estar ao mesmo tempo em dois lugares!

Ou guardo dinheiro e não compro o doce,
ou compro o doce e não guardo o dinheiro.

Ou isto ou aquilo: ou isto ou aquilo…
e vivo escolhendo o dia inteiro!

Não sei se brinco, não sei se estudo,
se saio correndo ou fico tranquilo.

Mas não consegui entender ainda
qual é melhor: se é isto ou aquilo.

Cecília Meireles

domingo, 2 de janeiro de 2022

1 de Janeiro - Dia Mundial da Paz , de Ary dos Santos





No dia 1 de Janeiro, toda a gente comemora o início dum ano novo, deseja saúde paz e amor para si e para os seus amigos e familiares, esquecem-se as tristezas, e as desgraças que vão por esse mundo fora.

Mas não podemos esquecer. 

E devemos pensar como Ary dos Santos: «Isto vai meus amigos isto vai».


 1 de Janeiro - DIA MUNDIAL DA PAZ

“Isto vai meus amigos isto vai
um passo atrás são sempre dois em frente
e um povo verdadeiro não se trai
não quer gente mais gente que outra gente.
Isto vai meus amigos isto vai
o que é preciso é ter sempre presente
que o presente é um tempo que se vai
e o futuro é o tempo resistente.
Depois da tempestade há a bonança
que é verde como a cor que tem a esperança
quando a água de Abril sobre nós cai.
O que é preciso é termos confiança
se fizermos de Maio a nossa lança
isto vai meus amigos isto vai.”
Ary dos Santos