domingo, 31 de janeiro de 2021

31 de Janeiro, Dia Mundial do Mágico



31 de Janeiro é o Dia Mundial do Mágico.


E estamos mesmo a precisar da magia dos cientistas e de todos.

Será que as vacinas prometidas e já a ser aplicadas farão mesmo esse milagre?

Entretanto, precisamos também da magia duma bela paisagem, do mar, do campo... Recorro muitas vezes às fotos do lugares por onde andei e onde fui feliz.




O que os olhos veem e os ouvidos ouvem, a mente acredita. (Harry Houdini)


Minha mente é a chave que me liberta. (Harry Houdini)


O mágico é aquele que faz as pessoas sonhar e acreditar no impossível.






sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Recordações e memórias em tempos de confinamento



A memória pode ser uma forma de sobrevivência, pois através dela aprendemos como os nossos pais, avós...viveram, sofreram e sobreviveram. Ela aumenta também a hormona do amor e da felicidade, por isso nestes tempos duros todos se recordam de factos e pessoas que foram tão importantes para nós.



Não é só nostalgia, como alguns mais jovens pensam, é mais do que isso. E quando se junta a memória da pedra (esta fonte do palácio da Vila em Sintra ali permanece há séculos) e dos lugares é melhor ainda.

Na 1ª foto vê-se a minha mãe muito jovem e o meu avô Mariano, um verdadeiro andaluz de Sevilha.






terça-feira, 26 de janeiro de 2021

 



E assim tudo começou.

Num jardim perto de casa, este pequenino ninho continua agarrado ao ramo escolhido para ser construído e para ser o lar e a continuação da espécie dos pássaros que o fizeram. E com sucesso, porque há já vários anos que lá está.

Pequeno mas firme.




O pequeno ninho cá continua

Há vários anos, é um segredo

Nenhuma tempestade o destruiu

Ninguém o viu ou derrubou

Foi obra feita com amor

O aconchego da pequenina ave

Que tremendo, enfim voou.





sábado, 23 de janeiro de 2021

 "Nós temos de conseguir uma resposta e direção contrária à covid-19, ter respeito pelos outros e acatar essas instruções [de prevenção], tão simples", dadas pelas autoridades de saúde, disse o autor à Lusa.

O escritor moçambicano cumpre hoje o 10.º dia de isolamento domiciliar, desde que foi diagnosticado positivo para o novo coronavírus, apresentando-se com sintomas leves, entre cansaço e dores musculares.

Mia Couto alertou para as implicações "profundíssimas" da covid-19 a nível social, económico e humano, além da saúde, considerando que a doença "empurra para uma situação de agonia, solidão e abandono".

"Quando me comunicaram, o medo que me assaltou foi o de um tipo de morte solitária, foi essa a construção que fiz", contou Mia Couto.

"Nós já temos vacina. Chama-se máscara, chama-se distanciamento. Portanto, temos as vacinas que serão, até daqui a alguns meses, a nossa arma principal", declarou (à Lusa).



Mia Couto, que fique bem porque é necessário junto de nós.


O Espelho

Esse que em mim envelhece
assomou ao espelho
a tentar mostrar que sou eu.
Os outros de mim,
fingindo desconhecer a imagem,
deixaram-me a sós, perplexo,
com meu súbito reflexo.
A idade é isto: o peso da luz
com que nos vemos.

No livro “Idades Cidades Divindades


Felizmente, no dia 27 de Janeiro, fomos informados que Mia Couto já se encontra recuperado.
Uma grande notícia.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

«Afinal a melhor maneira de viajar é sentir» de Álvaro de Campos

 Tempo de pensar cada dia como uma viagem.

Imagem insólita do Chiado.


«Afinal a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.»
Álvaro de Campos

segunda-feira, 18 de janeiro de 2021

A montanha russa (2021)

                                exposição de Cruzeiro Seixas em Dezembro de 2020

Depois de uma passagem de ano com fogos de artifícios e muito barulho para exorcizar os malefícios do malfadado ano de 2020, fazendo votos que o vírus acabasse depressa, que as vacinas chegassem para todos e fizessem mesmo efeito, eis que logo no dia 6 de Janeiro fomos surpreendidos pelos tristes acontecimentos no Capitólio nos EUA, inqualificáveis actos de um demente e arrogante Trump que incentivou as suas «tropas» para atacar o que ele nunca respeitou: os direitos dos que votaram contra ele e a democracia.

Esperemos que nada mais aconteça desta gravidade num país de quem tanto esperamos para ajudar a resolver as crises com que o mundo se confronta, já que tantos outros problemas o assolam diariamente: alterações climáticas que vão cada vez mais destruindo o nosso planeta, guerras, fome e miséria, doenças, violência...


                                  exposição de Cruzeiro Seixas em Dezembro de 2020

Mas continuamos com fé e muita esperança num futuro melhor, para os nossos filhos e para todos. Cada dia é como um carrocel, para baixo e para cima, e mesmo nestes dias de pandemia, de frio e de confinamento, que nos retiram quase tudo que nos fazia felizes, continuamos a lutar e a ter esperança.


O ano de 2021 continua a ser uma montanha-russa.

Esta é a versão do poema que tinha escrito nos longínquos anos 90, que foram bem melhores.


exposição de Cruzeiro Seixas em Dezembro de 2020

Montanha-Russa


Cada dia é uma montanha

Que temos de escalar pedra a pedra

E depois descer com mil cautelas

Montanha-russa na Feira da Vida

Subimos e descemos

Choramos e rimos

Juramos que nunca mais repetimos

Mas sempre de novo somos atraídos

Já estamos cansados, exaustos

Corpo dorido, pés sofridos

Mas continua a ser preciso

Escalar a montanha da Vida



exposição de Cruzeiro Seixas em Dezembro de 2020

sábado, 16 de janeiro de 2021

As azedas



As azedas, ou erva-canária, erva-azeda-amarela...começa a florir os campos a partir de janeiro e as suas flores são simples e coloridas. Não se deviam chamar azedas, mas deve haver uma razão.

As crianças gostam de fazer raminhos delas, lembro-me da minha menina vir a apanhá-las pelo caminho, juntamente com malmequeres e outras flores que ainda se podiam encontrar por entre os prédios, e oferecer-mas quando chegava a casa.

Boas recordações em tempos agrestes e difíceis.
«Olhai os lírios (e as azedas) do campo» (Érico Veríssimo)