As azedas, ou erva-canária, erva-azeda-amarela...começa a florir os campos a partir de janeiro e as suas flores são simples e coloridas. Não se deviam chamar azedas, mas deve haver uma razão.
sábado, 16 de janeiro de 2021
As azedas
sábado, 9 de janeiro de 2021
Passeriformes no inverno
A um passarinho
Na minha janela
Meter o nariz?
Se foi por um verso
Não sou mais poeta
Ando tão feliz!
Se é para uma prosa
Não sou Anchieta
Nem venho de Assis
Deixe-te de histórias
Some-te daqui.Vinicius de Moraes
Este inverno de 2021 está a ser extremamente duro, com temperaturas mais baixas do que é costume no nosso país e noutros da Europa, com muita neve em vários locais, de norte a sul.
Mais uma dificuldade a juntar-se à pandemia do Covid 19, que está também a propagar-se cada vez mais. Um mal nunca vem só!
Penso muitas vezes nos pequenos seres da natureza nestes tempos tão duros também para eles. Como se defendem os pequenos pássaros como os pardais, os chapins, etc, para se defenderem. Através da revista Wilder fiquei a conhecer algumas «técnicas» que eles têm para se defenderem.
Aqui ficam algumas:
Como é que as aves resistem à chuva e ao frio?
Com a chegada do Inverno muitas aves migram para África, mas outras permanecem nos locais onde nasceram, incluindo os pequenos passeriformes. João Eduardo Rabaça, da Universidade de Évora, explica como estas espécies fazem frente às temperaturas mais baixas.
O Inverno chegou e os dias ficam mais frios e chuvosos. Para os passeriformes, esta é uma altura “exigente”: “Noites longas e temperaturas baixas obrigam estas aves a encontrarem energia extra”, nota João Eduardo Rabaça, que é professor da Universidade de Évora e coordenador do LabOr – Laboratório de Ornitologia.
Estas pequenas aves dedicam-se a acumular “as reservas de gordura suficientes que lhes permitam sobreviver”, pelo que passam a maior parte do dia a comer. De acordo com o British Trust for Ornithology, os chapins-azuis (Cyanistes caeruleus) – que podemos observar em muitos espaços verdes, incluindo o Jardim Gulbenkian, em Lisboa – podem gastar cerca de 85% das horas de luz disponíveis num dia de Inverno em busca de alimento, refere este investigador.
Ao mesmo tempo, para os passeriformes em geral, o “revestimento plumoso permite a existência de bolsas de ar debaixo das penas, conferindo-lhes uma ajuda adicional para manterem o corpo quente.”
Algumas espécies começam a preparar-se para a estação mais rigorosa do ano logo no Outono, como acontece com o pardal-comum (Passer domesticus), exemplifica. “Cresce-lhes uma penugem por baixo da plumagem principal aumentando o peso do revestimento do corpo em 70%! E assim asseguram uma melhor proteção térmica.”
Mas há ainda outras estratégias pouco conhecidas. Quando estão em actividade, a temperatura corporal das aves é superior à dos humanos, pois “ronda os 41ºC, embora haja variações.” No entanto, para enfrentarem noites mais frias, em algumas espécies a temperatura corporal chega a baixar 10ºC ou mais ainda – um processo designado por torpor ou heterotermia diária, adianta o investigador. “Desta forma, as aves conseguem economizar energia. O caso mais impressionante é de uma espécie de beija-flor que ocorre nos Andes e que durante a noite pode atingir uma temperatura corporal de 3,26ºC!”, revela o coordenador do LabOr. “É um exemplo extremo, mas é também um extraordinário exemplo da capacidade de adaptação destes animais.”
Mais comum é a hipotermia regulada, que se traduz “numa redução da temperatura corporal mais modesta, normalmente à volta dos 5 a 6ºC.” Com este método, as aves precisam de muito menos energia para que o corpo regresse à temperatura “normal” quando chega a manhã.
Mas apesar de estar mais frio por estes dias, a verdade é que “o Inverno no sul da Europa e em particular no nosso país é bastante ameno quando comparado com a realidade do centro e norte da Europa, por exemplo”. Por essa razão – lembra o investigador, que é também autor do livro “As aves do Jardim Gulbenkian” – são inúmeras as aves que no final do Verão deixam as regiões setentrionais para migrarem rumo a sul, onde vão permanecer durante a estação fria. É o caso por exemplo do lugre (Spinus spinus) e do tordo-comum (Turdus philomelos).
quinta-feira, 31 de dezembro de 2020
Um Ano Melhor de 2021
Depois de tudo o que se passou em 2020, depois de tantas mortes e de tanto sofrimento, não podemos iludirmo-nos com pensamentos irrealistas e demasiado sonhadores.
A única coisa que desejamos é que 2021 seja um ano melhor, com mais saúde e mais paz.
E o ano 2021 lá vai entrando
sexta-feira, 25 de dezembro de 2020
«Ver com outros olhos» de Isabel del Toro Gomes
No dia em que soube que a operação que tinha feito à catarata do olho direito tinha sido bem sucedida, não obstante os riscos que corria, fomos rever o Jardim da Estrela, ainda a despertar.
Tudo me pareceu realmente novo, visto com outros olhos, sob um sol ainda morno.
Olhei e tornei a olhar. Era lindo, como sempre.
Pequenas flores despontam
terça-feira, 22 de dezembro de 2020
A nossa Borboleta-Zebra
A «nossa» borboleta-zebra já nasceu, abriu asas e voou.
Aprendi com ela muita coisa, como pequena criatura agarrada a uma folha resistiu a temporais, ventos e chuvas.
É o chamamento da natureza e da vida.
terça-feira, 15 de dezembro de 2020
«Quando um homem quiser» de Ary dos Santos
Tu que dormes à noite na calçada do relento
numa cama de chuva com lençóis feitos de vento