domingo, 22 de março de 2020

Mais vale prevenir do que remediar


Mais vale prevenir do que remediar.

Quem não conhece este provérbio ?
Todos o ouvimos desde crianças e o aplicámos muitas vezes.
Estamos em tempo de Guerra ao Covid 19.


Cumpram as medidas de contenção.
Cuidem-se bem e boa sorte!

sábado, 21 de março de 2020

«Muitas primaveras....» de Isabel del Toro Gomes


Em tempo de primavera e de Covid 19.
A luz e a alegria que contrastam com a escuridão e a tristeza.
Cuidem-se bem. 


Muitas primaveras 
Passaram por mim
E um dia por fim
Renasci
Na mesma cidade


De novo o mar
O rio e o jardim
A luz o calor e o frio
O mundo todo!



quarta-feira, 18 de março de 2020

Me
nina em teu peito sinto o Te jo
e vonta des marinheiras de apro ar
Menina em teus lábios sinto fontes
de água doce que corre sem parar
Menina em teus olhos vejo espelhos
e em teus cabelos nuvens de encantar
E em teu corpo inteiro sinto feno
rijo e tenro que nem sei explicar


Se houver alguém que não goste
não gaste, deixe ficar
que eu só por mim quero te tanto
que não vai haver menina para sobrar

Aprendi nos 'esteiros' com Soeiro
e aprendi na 'fanga' com Redol
Tenho no rio grande o mundo inteiro
e sinto o mundo inteiro no teu colo
Aprendi a amar a madrugada
que desponta em mim quando sorris
És um rio cheio de água lavada
e dás rumo à fragata que escolhi

Se houver alguém que não goste
não gaste, deixe ficar
que eu só por mim quero te tanto
que não vai haver menina para sobrar

https://www.youtube.com/watch?v=uMkxT2n0D8c



Em memória deste grande cantautor e músico, que tive a sorte de ouvir num concerto de verão, já não sei onde nem quando, tanto tempo já passou.
Da minha geração e com uma voz poderosíssima.
Gosto muito desta poesia da sua autoria e da música com guitarra e acordeão.

domingo, 15 de março de 2020

O mundo doente de Mafalda - parte 2



Tenhamos esperança que as coisas melhorem em breve e continuemos a cumprir a nossa parte do plano de contingência contra o Covid 19.
Faça sol ou chuva, frio ou calor.
Sejamos todos responsáveis.


Eu estou em casa em «clausura» voluntária.
Cuidem-se bem e bom domingo.
Com uns toques de lilás, uma das minhas cores preferidas.



quinta-feira, 12 de março de 2020

O mundo doente da Mafalda



A Mafalda é sempre aquela menina que pensa demais no mundo e nos seus males.
Em tempos de uma pandemia como a que estamos a viver com o vírus Covid 19, quem não se lembra logo desta imagem do mundo todo entrapado e a precisar de cuidados médicos urgentes?
Quase todos os países o substimaram, porque o desconheciam. Não o  deviam ter feito.



Mas a vacina contra este vírus desconhecido vai demorar muito tempo ainda e cada um tem de cuidar de si o melhor que pode.
Cuidem-se e cumpram rigorosamente as recomendações da Direção Geral de Saúde, que pecaram por tardias, por motivos políticos e económicos, o que é lamentável.

Dor na Ásia, e depois no Mundo todo!


segunda-feira, 9 de março de 2020

Super lua-dia 9 de Março 2020

Galiza

Para esquecer o Covid 19 e outras tristezas, olhemos hoje, dia 9 de Março 2020, para o céu, para admirar esta Super Lua!
Está ali bem visível em
frente da minha janela!




Na ilha de Lesbos, Grécia


terça-feira, 3 de março de 2020

«A invenção do Amor» de Daniel Filipe e o Coronavírus

Rua da Senhora da Glória, à Graça (Vihls)
E agora, como é que os namorados (e os outros)  vão fazer?
Como é que se pode namorar sem beijar e abraçar?
Podemos evitar viajar, ir a espaços fechados, até andar nas ruas …tudo isso se remedeia com facilidade, nestes tempos mais «livres». Mas nada de beijinhos e abraços... até o nosso Presidente Marcelo vai ficar deprimido, faz muita falta aos povos mediterrânicos, que falam muito com as mãos e em voz alta e que gostam de beijinhos.
Que se acabe depressa a quarentena dos beijos e abraços, que entretanto se vão mandando por telemóvel e pelas redes sociais.

Bairro Padre Cruz-Lisboa

Entretanto, veio-me à mente o belíssimo poema de Daniel Filipe, 
A Invenção do Amor, em que se perseguem os amantes por todos os meios, que transcrevo aqui em parte. 
Esperemos ainda que este vírus não tenha sido inventado em laboratório, tudo é possível nos tempos que passam! 
E que escapemos vivos, claro!

A invenção do amor
Em todas as esquinas da cidade
nas paredes dos bares à porta dos edifícios públicos 
nas janelas dos autocarros
mesmo naquele muro arruinado por entre anúncios de apa-
relhos de rádio e detergentes
na vitrine da pequena loja onde não entra ninguém
no átrio da estação de caminhos de ferro 
que foi o lar da nossa esperança de fuga
um cartaz denuncia o nosso amor

Em letras enormes do tamanho
do medo da solidão da angústia
um cartaz denuncia que um homem e uma mulher
se encontraram num bar de hotel
numa tarde de chuva
entre zunidos de conversa
e inventaram o amor com carácter de urgência
deixando cair dos ombros o fardo incómodo da monotonia
quotidiana
Um homem e uma mulher que tinham olhos e coração e
fome de ternura
e souberam entender-se sem palavras inúteis
Apenas o silêncio A descoberta A estranheza
de um sorriso natural e inesperado
Não saíram de mãos dadas para a humidade diurna
Despediram-se e cada um tomou um rumo diferente
embora subterraneamente unidos pela invenção conjunta
de um amor subitamente imperativo
Um homem uma mulher um cartaz de denúncia
colado em todas as esquinas da cidade
A rádio já falou A TV anuncia iminente a captura 
A polícia de costumes avisada
procura os dois amantes nos becos e avenidas
Onde houver uma flor rubra e essencial
é possível que se escondam tremendo a cada batida na porta
fechada para o mundo
É preciso encontrá-los antes que seja tarde
Antes que o exemplo frutifique
 Antes que a invenção do amor se processe em cadeia

Há pesadas sanções para os que auxiliarem os fugitivos
(...)
Daniel Filipe