terça-feira, 19 de maio de 2015

Finok, nos Olivais Sul



Um dia destes, ao passar na 2ª circular, fui surpreendida por uma grande pintura mural num prédio dos Olivais Sul, que pertence à minha memória de vida.
Que giro, pensei eu.
E pensar que passava por ali tantas vezes, na minha infância e adolescência, a caminho da paragem do autocarro, ou a caminho de casa.
 
 
 
Eram uns prédios de gente humilde, que tinha sido realojada no bairro dos Olivais, perto do prédio onde eu vivia (para gente menos pobre),e como este fica mesmo virado para a estrada principal, foi o feliz contemplado.
Um prédio de gente pobre dos Olivais, que neste momento será talvez menos pobre (sublinhe-se o talvez), que devido à arte de Finok, ficou agora mais bonito. E o bairro mais alegre.
 
 
Arte sim, porque este é um bom exemplo de arte urbana.
Oxalá que se façam mais pinturas destas, e que perdurem por muito tempo. Já agora, que os prédios (estes e outros) sejam repintados por inteiro, que estão uma desgraça.
 
 
 
Vermelho e verde, as cores escolhidas por Finok, porque gosta de pintar com elas, explica o artista.
Descendente de japonês com espanhol e nascido nos Estados Unidos, ele próprio uma miscelânea de raças e nacionalidades.
Uma boa miscelânea e uma boa «misturada», sem sombra de dúvida.
 
 
 
Parabéns à Câmara de Lisboa, aos Olivais Sul o meu bairro, e ao Finok, artista do mundo. Devem continuar!
 
 
 

sábado, 16 de maio de 2015

«Nos meus olhos o mar» de Maria Isabel

 
Nos meus olhos o mar

Da minha janela

Sonho que vejo o mar

É um mar sempre azul

Um mar sempre a brilhar

Não é um mar sombrio

Não é um mar amargo


É a imagem da vida

A espuma branca a pairar

Nos meus olhos e no ar.

 
Não é um mar esquecido

Que mata a nossa memória

É o mar infindo do amor

 
É o espanto de tanta beleza

Que brilha nos olhos e na alma

Da minha janela

Sonho... e vejo o mar.

                          Maria Isabel


 
                                                                                     
 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Figueira da Foz- tonalidades

                           
                                                            
Forte de Santa Catarina
 
 
CANÇÃO DA FIGUEIRA DA FOZ

Figueira,

Figueira da Foz

Das finas areias

Berço de sereias

Procurando abrigo.

Estrelas, doiradas estrelas

Enfeitam o Mar

Que pede a chorar

Para casar contigo.


Figueira, e à noite o luar,

Deita-se a teu lado

A fazer ciúmes

Ao teu namorado.


E a Serra, que te adora e deseja,

Também sofre com a luz do Sol

Que te abraça e te beija.

 António Sousa Freitas / Nóbrega e Sousa
 
mercado
 



 

domingo, 3 de maio de 2015

Para a minha mãe

 
 
A minha mãe, Dolores
 
Um ano depois
Apenas um ano
E já um ano!
Para a minha mãe, Dolores
Sempre viva no meu pensamento
E no meu coração partido
Ainda pela sua ausência,
Uma rosa de duas cores.
O rosa,
Porque era a cor
De que ela gostava.
O amarelo
Por que era a minha
Cor preferida.
Sempre juntas
Como nesta rosa.
Espero que cheguem até onde ela está.
 
                                                        Da tua filha Maria Isabel 
 
 

sábado, 2 de maio de 2015

«Uma Rapariga Da Sua Idade» de Márcio Laranjeira


Uma rapariga da sua Idade, um bom filme  de um talentoso realizador português da sua idade, que merece todo o apoio.
 
Parabéns a Márcio Laranjeira e a todos os participantes neste projecto, gostei muito, valeram a pena todos os vossos esforços.
 
Parabéns aos actores (a Mariana tem tudo para ser uma grande actriz) e a todos os que colaboraram nesta obra.
 
 O público nunca se engana, não se esqueçam! E obrigada!
 
 

sexta-feira, 1 de maio de 2015

A leiteira


Primavera, 2015.
O calor tem sido pouco, o sol escasso. Daí, a bela moça leiteira ter montado a banca num local sem arvoredo, perto do Rossio. E o leite escorria escorria, fazendo as admirações de todos.
Tudo corria normalmente, quando, repentinamente, o sol começou a brilhar e a escaldar. A moça leiteira já suava por todos os poros. Teve de se mexer, de estender os músculos, pois o sol não se compadecia.
Os turistas, esses, emergiram que nem caracóis por tudo quanto era sítio, deslumbrados com aquele calor tropical tão repentino.
Acho que ninguém deve ter reparado que a mulher estátua se mexeu, mas eu vi muito bem, ao longe, o seu desespero, a abanar o corpo e os braços.
Malditas nuvens, porque se sumiram assim sem pré-aviso??!!
Depois, não sei o que aconteceu, também eu tive de ir embora.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

«O grito»

 
 
O Grito
 
1893
Edward Munch
Pôr do sol
Oslo
Desespero
Angústia
Perda
Doença
Morte
Sempre?
Não sei se sempre
Ou quase nunca!
 
                                      Fim
 
 
Dia 24 de abril 2015
Véspera da comemoração da Revolução dos Cravos
Vermelhos
Agora murchos
E só me apetece gritar, gritar,
Ir gritando até ao fim do mundo!