segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Évora - a cidade para além da prisão

 
 
 
 
 
 
 
 Évora, a cidade para além da prisão
 
 
A partir de Novembro 2014, a bela cidade de Évora ficou confinada a umas paredes de prisão, como se não houvesse mais nada para além dela. Tudo porque foi para lá levado o ex-primeiro ministro José Sócrates, depois de detido no aeroporto da Portela, vindo de Paris (tal como Jacinto de A Cidade e as Serras).

 
Compreende-se o interesse dos media, que para lá correram desenfreados e da porta da cadeia não saem, por nada deste mundo.

 
É pena que os mesmos media não tenham dado outras imagens duma das nossas mais belas e históricas cidades, ignorando-a completamente. Agora não interessa ao público, dirão eles. Ora o público vê o que lhe dão para ver...


 











Penso numa criança ou jovem que nunca foi a Évora, ou mesmo muitos adultos, que pensarão que não há lá mais nada além duma cadeia e reclusos.
 
Tive a sorte de a ter visitado algumas vezes. Estes são os registos dum Outono de 2009. E não vi cadeia nenhuma, obviamente. Para os turistas, não interessa nada a cadeia!
 
 
 
 


quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Nella Maissa

                                                                


 Nella Maissa


Nella Maissa morreu hoje com 100 anos.
Nasceu em Turim em 1914, casou com Renato Maissa, um judeu português, na sinagoga de Milão, em 1936, tendo vindo para Portugal em 1939. 
Foi aluna de piano de José Vianna da Motta e iniciou a sua carreira musical em 1932,  carreira que terminou apenas em 2008, já aos 94 anos de idade.
Maissa desempenhou um importante papel na divulgação da música portuguesa, principalmente  a de João Domingos Bomtempo, tendo por esse facto recebido, em 1974, o Prémio Especial da Imprensa.


Uma notícia triste para todos os melómanos e para a música portuguesa, não obstante a provecta idade desta maravilhosa pianista.
Interrogo-me como terá sido a vida de alguém que atravessa duas guerras mundiais, vindo para Portugal e aí fazendo toda a sua vida como pianista.
Interrogo-me como será viver 100 anos, a tocar e a ouvir música, num pequeno país como Portugal.
Apenas a ouvi tocar através da rádio, bem como ouvi a sua voz numa entrevista da Antena 2.
No entanto, isso chegou para me emocionar e fascinar, é qualquer coisa de extraordinário, que sabemos única, que não pode acontecer mais.





domingo, 16 de novembro de 2014

«Blue Tango» de Leroy Anderson




Recordação dos longínquos anos 50, em que muitos de nós nasceram:

Blue Tango, composto por um americano de Boston, Leroy Anderson,  filho de pais suecos e estudioso de línguas guturais, no ano de 1952. 
 Foi tocado e cantado por todos, mas a melhor voz que o interpretou foi a de Gisele Mackenzie, cantora canadiana.
Aqui fica o registo deste Tango Azul, numa tarde de nostalgia outonal.




https://www.youtube.com/watch?v=rymW8rvSEMM&list=RDiOpdZBoc-xg

sexta-feira, 8 de agosto de 2014

Por terras do Douro

 
Logo depois de atravessarmos uma trémula ponte de pau, sobre um riacho quebrado por pedregulhos, o meu Príncipe, com o olho de dono subitamente aguçado, notou a robustez e a fartura das oliveiras... E em breve os nossos males esqueceram ante a incomparável beleza daquela serra bendita!
 
                                                                              Eça de Queirós, A cidade e as serras
 
 
 
Férias no Douro
 
Passar alguns dias na Casa do Almocreve neste mês de Agosto de 2014 foi, para mim, uma bela experiência e uma ótima oportunidade de conhecer mais um pouco desta paisagem do Douro, in loco.
 



 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma coisa é passar por lá, ver aquelas magníficas paisagens a bordo de um barco, de um comboio ou de carro (o que já é magnífico), outra é ficar mesmo lá a viver alguns dias, fazer passeios a pé, percorrer todos ou quase todos os recantos, reinventarmos um caminho nosso, à imagem de Jacinto, do romance A Cidade e as Serras, de Eça de Queirós.
 
 

 
 
Nesta Casa, bem lá no alto, na Portela do Gôve,  é-se bem acolhido por gente simpática e competente,  fica-se bem alojado com vista para a Serra de Montemuro, de um lado, e para as encostas do Douro, do outro.
 
 


O único inconveniente é ter de tomar duche num quadrado de meio metro, aproximadamente, mas as paisagens compensam, bem como os deliciosos pequenos-almoços tomados na sala comum da Casa.
O restaurante em baixo também serve  bem, a preços aceitáveis. Adorei o leite creme.
 
 
 
Em resumo, valeu bem a pena. Mesmo com a chuva deste verão incerto, aproveitámos cada minuto de forma agradável, neste lugar único que é o Douro, as suas encostas e os seus socalcos. E as suas hortas, como não podia deixar de ser!
 
 
 
 
Sem dúvida, um dos nossos melhores patrimónios paisagísticos e ambientais, onde amadurecem as uvas que darão o delicioso néctar usado no fabrico do famoso Vinho do Porto.
 
 
 

segunda-feira, 14 de julho de 2014

«As aventuras de Pinóquio» - filmes

Pinóquio no ano 3000
Roberto Benigni/Pinóquio
 

As aventuras de Pinóquio, de Collodi,  é um texto simbólico, que utiliza uma linguagem simples e universal. Para todas as idades.
É um dos livros mais fantásticos de todos os tempos, sobre a vida e a infância, na minha opinião.
Vi hoje, num dos canais da cabo, mais uma versão desta obra, realizada por  Roberto Benigni ( lembram-se dele no belíssimo filme A Vida é bela), que representa desta vez o papel de Pinóquio. E que papel!!!
Desde 1940 até aos nossos dias, muitos têm sido os filmes inspirados nesta história simples e comovente do boneco de madeira que quer ser menino de verdade.
 

segunda-feira, 7 de julho de 2014

Cores da terra e da ria

 
Na Reserva natural da Ria Formosa, perto de Olhão
A natureza é formosa e pródiga
Para homens animais e plantas
Entre o verde das piteiras e dalguns barcos
O amarelo vivo das azedas
O rosa pintado dos figos maduros
E o azul doutros barcos da ria e do céu
Tudo se mistura e nos enche os olhos
Aqui tudo é um  mundo de sonho
De terra e de pedra e de areia
De pureza e de paixão.

sábado, 21 de junho de 2014

Cânfora, a magia do Oriente



Entrou hoje o verão pelas nossas casas, timidamente.
E muitos armários ainda estão por arrumar...pelo menos na minha casa, em obras de remodelação.
O que significa que as traças ainda podem andar à solta, bem escondidas por entre os tecidos ou lãs.
O melhor remédio, quanto a mim, ainda é a cânfora.
Desde que descobri os pacotinhos de cânfora, à venda em drogarias e até na loja do chinês   do meu sítio, não quero outra coisa. Um pacotinho, que custa 80 cêntimos, tem 4 pastilhas da mágica substância retirada da seiva da canforeira.
 
Uma em cada prateleira ou gaveta, adeus traças e fica no ar um cheirinho bom(desde que não se seja alérgico, claro).
Também é conveniente não deixar ao alcance dos animais, não vá o cão ou o gato gostar de comer  estas preciosas e mágicas pastilhazinhas.
 
 
 
O único inconveniente: as gavetas são muitas, nunca chegam os pacotes de cânfora que comprei e tenho de voltar à loja para comprar mais.