Escrevo cada
poema
Como o último dos
poemas
Desenho cada palavra
Como se fosse a única
Ponho
em cada verso
toda a dor
a tristeza completa
Cada linha vermelha de sangue
Negra de morte
ocupa todo o meu
viver
a minha escrita
é um crepúsculo
o céu em fogo
as bombas que caem
as armas que matam
as vítimas que caem
nas terras em chamas
crianças que morrem
soldados que morrem
soldados que matam
Ano de 2024
mergulhado em guerra, morte e escuridão.
Maria Isabel