Odylo Costa, filho (1914-1979) foi um jornalista, cronista, novelista e poeta brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras.
O mundo e o nosso planeta terra precisam de muitas coisas, mas de duas mais do que as outras: Paz e amor.
Escolhi este soneto de Odylo Costa, filho, que nos deixa a esperança que, mesmo nos piores cenários, «sempre em nós renascerão searas, dos rochedos brotará nova chuva e que um novo amor vencerá a morte e o medo»
Paz de amor
Calemos esta paz como um segredo
de amor feliz. Não seja este silêncio
ponto final em nosso terno enredo:
não nos encerre o amor, antes condense-o.
Olhemo-nos nos olhos face a face.
sem recuar surpresos como o amigo
que de repente no outro deparasse
apenas o lembrar do tempo antigo.
Não. Sempre em nós renascerão searas.
novas chuvas trarão nova colheita.
folhas novas, translúcidas e raras.
E brotará da tua mão direita
água súbita e casta do rochedo
um novo amor, que vença a morte e o medo.
de amor feliz. Não seja este silêncio
ponto final em nosso terno enredo:
não nos encerre o amor, antes condense-o.
Olhemo-nos nos olhos face a face.
sem recuar surpresos como o amigo
que de repente no outro deparasse
apenas o lembrar do tempo antigo.
Não. Sempre em nós renascerão searas.
novas chuvas trarão nova colheita.
folhas novas, translúcidas e raras.
E brotará da tua mão direita
água súbita e casta do rochedo
um novo amor, que vença a morte e o medo.
Odylo Costa, filho