sábado, 31 de agosto de 2019

Para os amantes dos gatos - Editora Cristalina




Este post é, como é óbvio, para aqueles que gostam de gatos.
Tenho um pequeno livro chamado Para os amantes dos gatos, que contém citações de vários autores sobre estes felinos domesticados pelos homens.
Ou, terá sido o contrário, conforme diz Marcel Maus?

O gato é o único animal que conseguiu
domesticar o homem. 

Marcel Maus ( 1873-1950)



O gato representa a lua pela variedade
da sua pelagem, pela sua atividade nocturna
e pela sua fecundidade.

Plutarco (46 - 125)


Ainda que os gatos sejam criaturas bastante delicadas,
expostas a muitas enfermidades, nunca ouvi
falar de um gato que padecesse de insónias.

Joseph Wood Krutch (séc. XIX)


O funcionamento dos gatos parece
fundamentar-se no princípio de que nunca
prejudica pedir o que se deseja.

Joseph Wood Krutch (séc. XIX)


segunda-feira, 26 de agosto de 2019

Street Arte Carnide - Bairro Padre Cruz

Arte Urbana no Bairro Padre Cruz

A arte urbana  sempre me atraiu a atenção, mesmo quando ainda não sabia quem eram os autores daqueles desenhos nem o que os levava a desenhar e pintar coisas tão bonitas em paredes degradadas de prédios à espera de demolição, ou em muros ou em qualquer local desconhecido ou escondido.
Era original, davam cor às ruas, alegravam as pessoas que passavam e paravam um pouco para as admirar. Que o tempo moderno nunca é muito, todos correm apressados para qualquer lado, mas alguém há-de parar e admirar a obra.





mercado de Carnide


De 24 de Junho a 31 de Julho de 2016 tiveram lugar cerca de 30 intervenções no espaço público do Bairro Padre Cruz resultantes de um projeto apresentado pela associação Crescer a Cores, que foi apoiado pela Câmara de Lisboa.



Cada uma das intervenções foi sempre precedida de um forte envolvimento dos moradores, numa interação com os artistas convidados.



Natália Correia


Bordalo II - escultura com restos de um carro 


De Amor nada Mais Resta que um Outubro


De amor nada mais resta que um Outubro
e quanto mais amada mais desisto:
quanto mais tu me despes mais me cubro
e quanto mais me escondo mais me avisto.

E sei que mais te enleio e te deslumbro
porque se mais me ofusco mais existo.
Por dentro me ilumino, sol oculto,
por fora te ajoelho, corpo místico.

Não me acordes. Estou morta na quermesse
dos teus beijos. Etérea, a minha espécie
nem teus zelos amantes a demovem.

Mas quanto mais em nuvem me desfaço
mais de terra e de fogo é o abraço
com que na carne queres reter-me jovem.

Natália Correia, in “Poesia Completa”