Sob os céus de Lisboa
Sob os céus de Lisboa
Vislumbra-se
O imenso casario
Dos bairros antigos
Com os seus telhados vermelhos
E janelas que noutros tempos
Resplandeciam ao sol
Espreguiçando-se ao longo do rio
Espraia-se o Tejo
Correndo lento ou apressado
Por debaixo das pontes
Até ao mar sem fim
Com os seus cais
Que trazem e levam
Gentes sonhos e canseiras
Com os seus cais
Que trazem e levam
Gentes sonhos e canseiras
para a outra margem.
Sob os céus de Lisboa
Sobem e descem as escadarias
As ruas inclinadas das sete colinas
Nas paredes velhas fazem-se murais
Nas igrejas brilham os vitrais
E nos becos travessas e ruas
O sol brilha de outra maneira.