Hoje, dia 26, última quarta-feira de Fevereiro de 2014, mês rigoroso e gelado por esta Europa fora, morreu Paco de Lucia, em Cancun, no México, aos 66 anos.
Ouvi na Euronews que o coração o tinha atraiçoado, depois de ter estado a brincar na praia com os filhos, coisa possível no México no mês de Fevereiro e muito estranha para nós, portugueses, neste ano de temporais e de muitas vidas roubadas pelos mares enfurecidos.
Quanto ao coração, este não o atraiçoou certamente, pois era dele que nascia o seu talento e eram dele que brotavam as vibrantes notas que tirava da sua guitarra.
O seu coração apenas parou, porque o momento tinha chegado.
Mas os homens têm a tendência de dar um significado a tudo, mesmo à morte, que não pede razões para chegar, chega e pronto. A uns mais cedo, a outros mais tarde.
O que mais me chamou a atenção nesta triste notícia, é sempre triste quando um artista morre, é que o nome artístico de Paco de Lucia foi
adoptado em honra de sua mãe Luzia, que nasceu em terras de Castro Marim, Algarve. Esta, por sua
vez, adoptou o nome de Lucía Gómez.
Este génio da música flamenca, era pois um pouco português e corria-lhe no sangue certamente reminiscências da alma lusa e das suas sonoridades.
Paco de Lucia não morreu, a sua guitarra é que ficou parada.
Este génio da música flamenca, era pois um pouco português e corria-lhe no sangue certamente reminiscências da alma lusa e das suas sonoridades.
Paco de Lucia não morreu, a sua guitarra é que ficou parada.