segunda-feira, 16 de abril de 2012

«O livro do Zen» de Eric Chaline



 Grandes ensinamentos nos traz este livro, uma espécie de abc sobre o Budismo Zen, que não se pode considerar uma religião.
Ao contrário dos cristãos, que acreditam que, ao obedecerem aos mandamentos da Igreja, serão, numa existência futura, recompensados ou castigados pelos atos cometidos nesta vida, os budistas buscam ativamente o satori  - libertação ou iluminação - que é o âmago do Zen. Esta não é uma recompensa adiada: é um estado que deve ser vivido aqui e agora. Cada um de nós traça o seu caminho para alcançar essa meta.
Eis algumas informações e curiosidades:


-O fundador do Budismo, Siddharta Gautama, nasceu príncipe, mas viveu como um pobre na Índia antiga.Os muitos contos e milagres atribuídos a Buda são rejeitados: este é visto como um professor, humano dos pés à cabeça, que era dotado de uma perceção única da natureza da realidade.

 

-Os ensinamentos mais profundos de Buda estão contidos nas mais simples das afirmações: as Quatro Nobres Verdades:
                   A vida é sofrimento.
                  O sofrimento é causado pela sede de satisfação pessoal.
                  A sede de satisfação pessoal pode ser dissipada.
                  Segue o caminho das Oito Vias.


 -O Caminho das Oito Vias:
                  Reflexão correta
                  Conduta correta
                  Esforço correto
                  Discurso correto
                 Atenção correta
                 Concrentração correta
                 Compreensão correta

  
Uma pequena história ilustrativa do pensamento Zen:

Dois monges discutiam por causa de uma bandeira.
Um dizia: «a bandeira está a mover-se»; o outro discordava e afirmava: «o vento está a mover-se». 
Hui-neng corrigiu ambos, dizendo:
-Nem o vento, nem a bandeira se estão a mover; as vossas mentes é que se movem.



Para quem tenha curiosidade e tempo para ler quem foi realmente Siddharta Gautama, aconselho o livro Siddharta, um romance escrito por Hermann Hesse, grande escritor alemão que ganhou o Prémio Nobel em 1946. 
 


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