sexta-feira, 29 de junho de 2012

«No tempo das cerejas» de Isabel del Toro Gomes


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No tempo das cerejas

Era o tempo das cerejas…
Fim da primavera
Começo do verão.

Comiam-se cerejas aos molhos
Tão suculentas encarnadas
Cheias de polpa como um balão
Comiam-se cerejas gulosas
Até cair para o lado
De barriga enfartada.

Todos gostavam tanto de cerejas
Que mimavam as  belas cerejeiras
Cantando-lhes canções da moda
Todo o santo dia, à desgarrada
Quando elas estavam em flor
Para que esta não caísse no chão.

Todos gostavam tanto de cerejas
Que falavam com elas de amor
De coisas belas de alegria
Quando as iam às árvores colher.

Um belo dia
Comeram tantas tantas cerejas
Que tiveram uma indisgestão!
Mas não se arrependeram
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhMD9l5s8pcc9comjjSS1WqHkf1jAR8Di-xrPkWVHNBaI-uUhlntVVpyMpi95h-Qr9jwcEIuf47G4ncPa-2jnEZlnvkaslLcRTqMJZVkiJD3Y5YBiw_G_3B9n3nXvL8y4jql4v8ShV6sQI/s320/cerejas-296x300.jpgNão fazia diferença deste mal adoecer
Ou mesmo até morrer!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Jean-Jacques Rousseau









Comemoram-se este ano os 300 anos do nascimento de Jean-Jacques Rousseau, um dos mais considerados pensadores europeus no século XVIII. A sua obra inspirou reformas políticas e educacionais e tornou-se, mais tarde, a base do chamado Romantismo. Formou, com Montesquieu e os liberais ingleses, o grupo de brilhantes pensadores, pais da ciência política moderna.
 




A espécie de felicidade de que preciso não é fazer o que quero, mas não fazer o que não quero.

A alma resiste muito mais facilmente às mais vivas dores do que à tristeza prolongada.

Amo-me a mim próprio demasiado para poder odiar seja o que for.

O que viveu mais não é aquele que viveu até uma idade avançada, mas aquele que mais sentiu na vida.

Não há nada que esteja menos sob o nosso domínio que o coração, e, longe de podermos comandá-lo, somos forçados a obedecer-lhe.

O homem nasceu livre e por toda a parte vive acorrentado.

A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.