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sábado, 22 de junho de 2019

Os livros



Sobre os livros escreveu assim Emily Dickson ((Amherst, 10 de dezembro de 1830 - 15 de maio de 1886) , poetisa americana que viveu grande parte da sua vida tendo como companhia os livros da biblioteca dos pais, com quem viveu sempre, juntamente com os irmãos.


Não há fragata que chegue a um livro
Para nos levar a léguas de distância,
Nem corcel que chegue a uma página
De impaciente poesia.
É também uma viagem para os mais pobres
Sem a prepotência da portagem;
Como é modesta a carruagem
Que transporta a alma humana.

Se ando a ler um livro e ele torna todo o meu corpo tão frio que parece que nunca lume algum poderá, alguma vez, voltar a aquecê-lo, sei que é poesia. Se eu sinto, fisicamente, como se o alto da cabeça me estivesse a ser arrancado, sei que é poesia. São estas as duas maneiras de que disponho para o saber. Haverá outras?

A verdade é uma coisa tão rara, é delicioso dizê-la.

Descubro o êxtase vivendo - a simples sensação de viver, é alegria pura,

                                                                                             Emily Dickson, Bilhetinhos com Poemas








quarta-feira, 29 de agosto de 2018

«Livro» de Luisa Ducla Soares

                                                           quadro de James Tissot


Para algumas pessoas os livros são objectos imprescindíveis, sem os quais não conseguem viver.
Ler um livro (ou uma revista, jornal…) é a melhor forma de ocuparem o seu tempo livre, é uma descoberta, uma aventura, um mistério, uma conversa com alguém.
Mesmo no tempo presente, em que é possível ler um livro ou um jornal noutros suportes (telemóvel, tablet…) há pessoas que não substituem o livro de capa e folhas por um ser virtual, como se fosse «algo invisível» que anda por aí e que só alguns podem ler.
Eu sou uma dessas pessoas, eram a minha companhia quando era criança e jovem, a família era pequena, restavam-me os livros. E porque gostava mesmo de ler e de aprender coisas novas.
Não entrando em debates sobre se o livro-objecto vai ou não ser substituído pelo livro-virtual, aqui fica este pequeno poema de Luisa Ducla Soares, que diz tanto em tão poucas palavras.

Livro
Livro
Um amigo
Para falar comigo
Um navio
Para viajar
Um jardim
Para brincar
Uma escola 
Para levar 
debaixo do braço.
Livro
Um amigo
Para falar comigo.

Luisa Ducla Soares, Poemas da Mentira e da Verdade








segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

«Histórias da Menina Minhó-Minhó» de Pedro Barbosa, ilustrações de Emerenciano








Um  livro bom e bonito para oferecer a qualquer criança, quer seja no Natal ou não.
Recomendo a leitura, ou simplesmente o olhar.
Ilustrações fabulosas de Emerenciano.





domingo, 15 de julho de 2012

«Ler um livro...»


 https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig70kTkUfuUb-OwwkS3KWYfTiJrkh9wsaKSlNeczhgRjTGuQQqzT892YgMdrmpL-8faFXezFmZgRkx4sh3DKvNNSL8K4JmQAYUx8cjYqIcaaAhRegLlvpr6LjeTC41MewC5pHYzpjSTpx2/s1600/Lan%25C3%25A7amento+de+livros+2+Feira.jpg

 Ler um livro é pedir olhos emprestados para ver o mundo.

                                                    José Gomes Ferreira, in Dias Comuns II
                                                                                                             Diário

domingo, 13 de maio de 2012

«Duas ou três coisas que sei sobre livros» de Manuel António Pina



Na revista Notícias Magazine, publicada hoje com o jornal  Diário de Notícias, encontrei algumas palavras sábias de Manuel António Pina, no seu artigo Duas ou três coisas que sei sobre livros. 
Eis algumas delas:

(...)
Outra coisa que sei é que não se deve pedir de mais aos livros. Também eu, nos inquietos anos da juventude, exigi dos livros que transformassem o mundo e das palavras que me dissessem o que julgava que sabia. Depois fui aprendendo, lendo livros, que a sabedoria das palavras é feita de irrisão e de silêncio, de liberdade e de desnecessidade, e que, mesmo que as palavras e os livros possam transformar o mundo, nem as palavras nem os livros gostam de ser empurrados.
Terceira coisa: ler é um acto de amor. Se o leitor não for um amante, se o escritor for um proxeneta, os livros entregar-se-ão sem paixão e sem ternura...Um dos piores crimes praticados contra os livros é obrigarmo-nos a lê-los.
(...)

sábado, 15 de outubro de 2011

Montaigne




A vida é como um grande livro que folheamos e cujas páginas mais belas se encontram no fim.

                                               Montaigne (1533-1592)

Montaigne devia ter razão quando escreveu isto, já há alguns séculos.
Que a vida de todos nós podia dar um livro, acho que sim, mesmo a dos mais simples mortais. Aliás, são esses que mais  interessam muitas vezes, porque mais cheias de episódios cómicos e trágicos, ao contrário das vidas vazias de alguns famosos.
Que as páginas mais belas se encontram no fim, já é controverso, embora compreenda a ideia de Montaigne. O fim dum livro é  o mais importante para muitas pessoas, o que desperta mais curiosidade. Daí irem espreitar as páginas finais, o que  tira todo o mistério à história ou ao que se está a relatar. Também o fim  pode ser «a página mais bela» das nossas vidas.
A propósito de tudo isto, aproveito para dizer que ler um LIVRO continua a ser uma experiência maravilhosa, para mim e para muitas pessoas felizmente. Nada poderá substituir ou usurpar o prazer e o lugar desse objeto de arte que é o livro, nem ipods nem ipads ou seja lá o que venham a inventar. Ter um livro nas mãos, folheá-lo, ver e admirar as suas ilustrações, levá-lo para todo o lado, sem limitações de qualquer espécie (espaço, tempo eletricidade, internet...), ler e reler quando se quer (muitas vezes releio os livros da minha infância ou doutros tempos), encher a casa com os livros de que gostámos e que fizeram parte da nossa vida, enfim, é algo insubstituível.
Neste momento de crise social, política e financeira, de angústias,  tristezas e  revoltas, resta-nos sempre o livro que nos permite sobreviver a tudo isto. E as bibliotecas.
Quanto aos jovens, grandes vítimas dos erros que todos têm cometido, governantes e não governantes, só lhes posso dizer que leiam, leiam tudo o que quiserem e que puderem, que desenvolvam as suas capacidades de leitura e que se cultivem com o prazer da leitura. Para que possam defender-se melhor, reagir melhor a todas as situações, principalmente as más, e interpretar melhor toda a realidade que nos rodeia, que cada vez é mais complexa. Por isso, é preciso saber mais e a sabedoria vem da VIDA e dos LIVROS.

terça-feira, 4 de maio de 2010

«Cem anos de Solidão»


Criei este blogue para falar de livros, os meus (ainda agora comecei) e os dos outros autores, claro!


Ando agora a ler um livro que há muito queria ler: Cem anos de solidão, de Gabriel García Marquez. Mal conhecia este autor, só tinha lido uns contos dele, estou agora a descobri-lo.


Na contra-capa, o próprio diz:


...Descobri, ao acordar, que tinha maduro no coração, o romance de amor que havia ansiado escrever há tantos anos.


Como é curioso! Ressalvando as devidas distâncias de um dos maiores escritores do nosso tempo, ou mesmo de sempre, acho que o mesmo está a acontecer comigo. Será que um dia conseguirei escrever o tal romance que está a amadurecer dentro de mim? Será que atingirei esse estado de maturidade?