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sábado, 12 de agosto de 2017

Um casal-estátua em Santiago de Compostela


Santiago de Compostela é um local de culto religioso e de turismo com muita gente pelas ruas, normalmente. Mas nunca imaginei que houvesse tanta, em Julho de 2017.
Não obstante a temperatura baixa e a ausência de sol, os corações estavam quentes e sequiosos de tempos mais afortunados e com menos crise.
Duvido que os deuses ou os santos possam ajudar neste aspecto, mas a Fé nalguma coisa sempre ajuda.
E a Galiza proporciona a todos um enlevo na alma de verde do arvoredo, de azul do céu, das rias e do mar, e de dourado das estátuas e adornos das igrejas e templos.
Nas ruas comprava-se e vendia-se de tudo numa enorme Feira Medieval, com exposição de aves de falcoaria, com artistas de rua, muito comércio, enfim. Como é costume, à boa maneira castelhana.


No meio de todo esse azáfama, um casal-estátua chamou-me a atenção. Simpáticos, chamavam-nos para tirarmos uma foto com eles. Ela está notoriamente grávida, mesmo assim consegue manter-se naquela posição imóvel durante horas. No fim do retrato, ele ofereceu-me uma bela concha, símbolo do peregrino de Compostela. A vida vai ser difícil para cuidar de um filho, espero que a futura mãe possa ficar o tempo necessário com o bébé em casa, e que tudo lhes corra o melhor possível. 


A felicidade é uma irresponsabilidade cada vez mais difícil, mas vai-se tentando e construindo a cada dia que passa. Com a ajuda de São Tiago de Compostela.


domingo, 7 de outubro de 2012

Mais Homens-Estátuas

Em Salvador da Bahia, Janeiro 2012, em pleno Pelourinho, dei de caras com um Jesus Cristo, sem cruz, com as marcas das chagas e, pormenor interessante, uma cabaça para se depositar as moedas. No meio de tantas igrejas e de tantos santos, tinha a sua lógica!
 Mais adiante, também no Pelourinho, estava um belo cowboy prateado, bem disposto e folgazão, que apitava com uma espécie de assobio que tinha na boca, cada vez que caía uma moedinha.
 Aqui mesmo na Baixa lisboeta, no dia 26 de Dezembro de 2009, um Homem de Barro, com um grande coração, sorria bonacheirão aos passantes, lembrando-lhes que não passávamos de pó da terra, mesmo em época natalícia. 
 
Primavera, 2015.
O calor tem sido pouco, o sol escasso. Daí, a bela moça leiteira ter montado a banca num local sem arvoredo, perto do Rossio. E o leite escorria escorria, fazendo as admirações de todos.
Tudo corria normalmente, quando, repentinamente, o sol começou a brilhar e a escaldar. A moça leiteira já suava por todos os poros. Teve de se mexer, de estender os músculos, pois o sol não se compadecia.
Os turistas, esses, emergiram que nem caracóis por tudo quanto era sítio, deslumbrados com aquele calor tropical tão repentino.
Acho que ninguém deve ter reparado que a mulher estátua se mexeu, mas eu vi muito bem, ao longe, o seu desespero, a abanar o corpo e os braços.
Malditas nuvens, porque se sumiram assim sem pré-aviso??!!
Depois, não sei o que aconteceu, também eu tive de ir embora.

 
 

sábado, 6 de outubro de 2012

Encontro com Mozart

Encontrei hoje Mozart, quando me passeava na Rua Augusta.
Ou melhor, uma estátua de Mozart.
 
Claro que não há lá nenhuma estátua de Mozart, toda a gente sabe.
Era um Homem-Estátua, mas tão perfeito, com uma encenação tão sofisticada, que podia enganar qualquer um: tinha anjinhos, um pombo em cima da cabeça e outro que abria e fechava as asas, cagadelas de pássaros, enfim, tudo! 
Exigências da profissão e da modernidade. O público é cada vez mais exigente, já não se contenta com qualquer estátua.
 Admiro o trabalho destes homens e mulheres (também as há), que tenho visto por todos os países por onde tenho passado. Não é nada fácil fazer o que eles fazem, e viver desta arte ainda deve ser mais difícil!
O cartaz deste Homem-Estátua, escrito em várias línguas, dizia o seguinte:

Se um homem faz da vida um uso artístico, o cérebro passa a ser o seu coração.

Assim devia de ser em todas as formas de arte!