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sexta-feira, 13 de junho de 2014

«A Paixão...» de Al Berto




Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra em 11 de Janeiro de 1948, e morreu em Lisboa em 13 de Junho de 1997, de linfoma.

Relembrar Al Berto no dia em que faz precisamente 17 anos que morreu, é um bom motivo para este dia de Santo António.
Há os que nascem no dia deste santo casamenteiro, como Fernando Pessoa, e há os que morrem, como Al Berto. Nem um nem outro tiveram possibilidade de escolha, mas entre os dois há algo que os liga, a Poesia, a escrita e um santo. E provavelmente mais coisas...

A Paixão talvez seja a ausência de um corpo que desperta a intensidade da vida no interior doutro corpo; lugar onde a luz mal emergiu ainda, e as palavras se formam a partir de vestígios de silêncio...
Depois, a mão executa-as, mata-as um pouco ao alinhá-las sobre desertos brancos...

                                                                                                           Al Berto

Para verem o próprio Al Berto recitando os seus poemas na Casa Fernando Pessoa, é só clicar.

www.youtube.com/watch?v=iw6Ne1qZMsE


quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

«A morte de Rimbaud» de Al Berto

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu em Coimbra em 11 de Janeiro de 1948, e morreu em Lisboa em 13 de Junho de 1997.
Faria hoje 64 anos.
Aqui fica um pouco da sua poesia, excerto do poema «A morte de Rimbaud».

A morte de Rimbaud

os dias estão cheios de cartas e de recomendações, de amigos
que partem para sempre, ou adoecem, de recados e de intrigas, de
contas intermináveis, de ouro, de corpos, de fortuna e de infortúnios.
de morte, e de cães feridos a uivar à porta da desolação.


uma espécie de miséria e de orgulho, escorrem no fundo de 
mim. e talvez seja a mistura venenosa da miséria com o orgulho que
me há-de perder...

não tenho mais nada a dizer. os poemas morreram.

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