segunda-feira, 28 de outubro de 2019

Quiosque do Jardim do Campo Grande (ou Mário Soares)






Até que enfim que abriu o novo quiosque do Jardim do Campo Grande(ou Mário Soares). Esperemos que tenha vida longa!
Era um pouco mais acima que havia um café com uma grande  esplanada cheias de estudantes que aí podiam estudar ou fazer trabalhos (ao contrário do que se passa agora em muitos sítios onde essas actividades são proibidas) e uma piscina ao ar livre, onde a criançada brincava e chafurdava livremente. 
Outros tempos, outros costumes.
Uma nota importante: depois de estar lá sentada é que reparei que os aviões passam mesmo por cima do quiosque, a rasar e fazendo um ruído insuportável.
Conclusão: experimentar e ver antes de escrever sobre o que quer que seja.
Em todo o caso, pode sempre dar jeito para uma bica apressada.
Não dá é para quem lá trabalha, coitado(a).




quinta-feira, 24 de outubro de 2019

Setembro de Herman Hesse








Hermann Karl Hesse (1877-1962)


SETEMBRO



Entristece o jardim.
Fria nas flores a chuva cai.
O verão se arrepia
em silêncio diante do seu fim.

Pétala a pétala goteja em ouro
do alto pé de acácia.
O verão ri abatido e perplexo
no sonho do jardim em agonia.

A prolongar-se ainda junto às rosas,
ele espera, de pé, pelo repouso,
e os grandes olhos fatigados vai
entrecerrando aos poucos.







quinta-feira, 17 de outubro de 2019

O meu lado esquerdo- Clã


Os Clã são uma banda que eu quase desconhecia, por serem do Norte, e nós aqui em Lisboa ouvirmos na rádio muito mais músicos e cantores lisboetas, salvo raras excepções.
A eterna «guerrinha» Norte / Sul e defesa do seu território, que neste país tão pequeno é difícil de compreender.
Mas a voz de Manuela Azevedo lembro-me de a achar magnífica, bem como as canções dos Clã com letras muito inspiradas e em língua portuguesa (o que também era raro).
Tiveram um percurso difícil e sinuoso até começarem a ser contratados para espectáculos e até assinarem um contrato discográfico com a EMI- Valentim de Carvalho, o que aconteceu em 1994. 

Esta canção, O Meu Lado Esquerdo, foi o escolhido pela sua letra (um belo poema), pela música e pela interpretação e voz de Manuela Azevedo.



O meu lado esquerdo
É mais forte do que o outro
É o lado da intuição
É o lado onde mora o coração

O meu lado esquerdo
Oriente do meu instinto
É o lado que me guia no escuro
É o lado com que eu choro
E com que eu sinto

Meu, o meu
Foi o meu lado esquerdo
Que me levou até ti
Quando eu ja pensava
Que nao existias
Para mim no mundo

Meu lado esquerdo
Não sabe o que é a razão
É ele que me faz sonhar
É ele que tanta vez diz não

Meu, é o meu
Foi o meu lado esquerdo
Que me trouxe até ti
Quando eu já pensava
Que não existias
Para mim no mundo


Compositores: Helder Goncalves / Carlos Te