sábado, 12 de janeiro de 2019

«A Alma do Mundo» de Susana Tamaro



Susana Tamaro  é uma escritora italiana, nasceu em Trieste em 12 de Dezembro de 1951.

Foi criada pela avó materna após a separação dos pais, Anna e Giovanni. Cresceu escutando as histórias que o avô lhe contava sobre as duas terríveis guerras mundiais que devastaram a região. 

Em 1963 deu início aos seus estudos primários na escola local, dividida em duas secções, uma masculina e a outra feminina. Terminou o ensino secundário em Trieste.

Em 1977 inicia o seu trabalho no cinema, como assistente do cineasta Salvatore Samperi. Na década de 80 trabalhou para a televisão italiana. Susanna Tamaro aponta 1978 como o ano em que começou a escrever. Terminou o primeiro livro Illmitz, que não foi publicado, em 1978. Também os seus seguintes trabalhos foram declinados. Só em 1989 saiu o seu primeiro livro sob o título La testa tra le nuvole (Com a cabeça nas nuvens). Dois anos depois, em 1991, publicou a obra Per voce sola (Para uma voz só), pela qual recebeu elogios do próprio Federico Fellini. O seu primeiro livro infantil, Cuori di ciccia (O cavaleiro Lua Cheia), saiu em 1992. Seguiu-se a obra Và dove ti porta il cuore (Vai aonde te leva o coração), o livro italiano de maior sucesso do século XX. 

O seu livro mais célebre é Vai Aonde Te Leva o Coração (Và dove ti porta il cuore)
É também autora do romance Com a cabeça nas nuvens.

Acabei ontem de ler A Alma do Mundo desta escritora. Esta obra lê-se com um interesse crescente, mas tem de se ler devagar (eu li-o muito devagar), porque cada palavra, cada frase é tão rica de conteúdo, são tantos os significados de cada significante (em termos linguísticos), que temos de «digerir» bem cada página, cada capítulo.
Os últimos capítulos, em que o personagem principal passa os seus últimos dias num convento, sozinho com uma freira idosa, e onde o seu amigo Andrea se tinha enforcado, atingem uma tristeza pungente. Essa freira tinha-lhe dado uma folha de papel para ele ler no seu funeral. Era uma oração simples de S. Francisco:

Perdoando, é-se perdoado. Morrendo, ressuscita-se para a verdadeira vida.

Este é um livro sobre a vida e a morte, a sobrevivência em tempo de guerra, o amor e a amizade, a raiva e o ódio, a fidelidade/ infelidade, os sentimentos religiosos,  os sentimentos humanos … sobre o Homem enfim. 






3 comentários:

  1. Que idade tem o protagonista na hora conventual?

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  2. Aí está uma coisa que não te sei dizer. Acho que nunca foi determinado esse aspeto, era um homem relativamente jovem, que passou por muitos desenganos do amor e da vida.

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